Os resultados do inquérito foram revelados na Assembleia Diocesana de Catequistas do Patriarcado de Lisboa.
‘Olhares sobre a pandemia, releitura da vivência da catequese’ foi o tema do encontro em que foram apresentados os resultados da pesquisa realizada em 26 paróquias, envolvendo 558 famílias, 601 adolescentes, 289 catequistas e 19 párocos, além de 60 desenhos de crianças dos 6 aos 8 anos de idade.
O padre Tiago Neto, diretor do Setor da Catequese do Patriarcado, destacou, na sua intervenção, que “muitos catequistas não se deixaram ficar para trás”, no momento em que as atividades presenciais foram suspensas. O sacerdote indicou que estes inquéritos visam fazer uma leitura do que as pessoas viveram e os “desafios” que isso traz às comunidades católicas.
Segundo os inquiridos, a sua espiritualidade tem-se “fortalecido” ou mantido durante a pandemia; os adolescentes são o grupo que se mostra mais “abalado” pelo impacto da Covid-19 (14,2%), seguidos dos catequistas (13,9%) e famílias (3,6%). Quanto à oração, 29% dos adolescentes dizem rezar todos os dias e 42% fazem-no uma ou mais vezes por semana. Segundo Patrícia Dias, a catequese continuou a ter “um papel muito importante para a oração em família” – 35,6% das respostas; já os catequistas foram o grupo que mais valorizou os recursos de aplicações móveis – 45,3%.
A consulta mostrou a importância das transmissões das Eucaristias nas plataformas digitais, TV e rádio para as famílias (85,2%), durante a pandemia; a percentagem mais elevada de participação presencial, em todos os domingos, é a dos catequistas, com 67,6%.A Assembleia Diocesana de Catequistas concluiu-se com uma intervenção de D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca, sobre o tema ‘Catequese e evangelização, a inculturação da fé’. O responsável falou dos “novos métodos” que a pandemia “obrigou” a utilizar e agradeceu o trabalho dos catequistas, na linha da frente da evangelização. O Patriarca de Lisboa convidou a ter em consideração o “quadro mental e de sensibilidade” com que cada um vê o mundo, particularmente numa cidade onde vivem pessoas de quase 100 nacionalidades. “Toda a evangelização e a catequese é um trabalho cultural”, com atenção aos “auditórios”, precisou.
Ecclesia
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