29 abril 2024

VINDE A MIM VÓS TODOS ...

 

 

 

O Teu jugo

é o amor!

 

Ele não me pesa,

não me abate,

não me menospreza.

 

Antes me envolve,

me conduz,

me enche de Ti

e da Tua Luz.

 

A tua carga é a misericórdia,

que me atinge,

me dá a mão e me levanta,

do chão em que me deixei cair,

por causa do meu pecado.

 

Venha a mim o Teu jugo,

venha a mim a Tua misericórdia

e nas asas do Teu Espírito

partirei à desfilada,

cantando,

dançando

e sorrindo

na ausência das trevas da noite

que em Ti

e por Ti

são sempre madrugada

 

 

Monte Real, 29 de Abril de 2024.

Joaquim Mexia Alves

 

26 abril 2024

SERVIR DISCERNINDO

 


 

 

Hoje uma boa amiga decidiu, (depois de conscientemente ter discernido toda a sua situação), sair de um órgão de “governo” de uma organização que serve a Evangelização, órgão do qual também faço parte.

Não saiu por se sentir incomodada ou qualquer outra coisa parecida, mas sim porque, tendo analisado a sua situação percebeu que serviria melhor a Igreja e essa mesma organização de modo diferente, embora com o mesmo empenho que todos lhe reconhecemos.

Este texto não é, no entanto, sobre ela, que não necessita elogios para ser quem é, mas sim sobre a necessidade que devem ter todos aqueles que servem a Igreja em movimentos, obras e serviços, mormente em situações de liderança e organização, de discernir de quando em vez se nos encontramos “agarrados” a um “lugar”, se trazemos algo de novo e construtivo naquilo em que nos envolvemos ou se apenas “estamos ali por estar”.

Muito especialmente discernir se estamos a servir a Cristo em Igreja, ou se nos estamos a servir da Igreja de Cristo para nossa notoriedade ou autorreferência.

Pode pensar-se que tal não acontece, mas a verdade é que há em movimentos, obras e serviços, gente que se “eterniza” nessas funções, acabando por “secar” à sua volta toda a iniciativa, toda uma possível modernidade sã, enfim, até, todo o sopro do Espírito Santo.

Servir a Deus é servir em permanente doação, é dar-se com todos os talentos que Ele próprio nos dá, e, obviamente, perguntar-Lhe constantemente: Senhor, que queres que eu faça?

Servir a Deus é ser-se livre de tudo, (com as óbvias condicionantes da vida de cada um), e por isso mesmo estar sempre disponível para “partir” para onde o Espírito Santo nos enviar, sabendo nós muito bem que Ele nunca nos envia a fazer nada que não seja compatível com o que somos e com o nosso estado de vida.

O único “cargo” que devemos almejar em Igreja e que devemos viver continuamente ao longo das nossas vidas, é o de “lavar os pés aos outros”, tendo sempre Cristo no coração.

 

Marinha Grande, 26 de Abril de 2024

Joaquim Mexia Alves