O Cardeal português defendeu que a JMJ Lisboa 2023 deve levar ao compromisso dos jovens católicos.
O cardeal português D. José Tolentino Mendonça disse hoje em Roma que a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude que Lisboa vai receber, tem de ser mais do que um megaevento. “As jornadas devem – e muito em particular nestes anos de preparação – fazer chegar a cada jovem a boa notícia de que ela, de que ele, foram encontrados por Jesus e que isso faz a diferença”, declarou.
Falando à delegação portuguesa que vai receber em Roma os símbolos da JMJ, este Domingo, o colaborador do Papa apelou ao combate de uma “cultura dominante do egoísmo” e entender a vida como “serviço e dedicação” aos outros. As JMJ, sublinhou o bibliotecário e arquivista do Vaticano, são um “sinal” e ultrapassam a lógica do “mega-acontecimento pontual”, que deixa tudo “como estava”. “As jornadas não são apenas uma das maiores concentrações humanas e juvenis do planeta, com tudo o que isso representa em termos de organização”, indicou o cardeal português.
Para o responsável católico, as JMJ são uma “oportunidade extraordinária para acender o Evangelho nos corações” e uma intensa “jornada de evangelização”. “Sinal profético, atualizando no coração dos jovens a consciência de que eles próprios são um sinal”, acrescentou.
“Os sonhos de Deus não se dissipam no nada, como bolas de sabão, no tempo, mas transformam efetivamente a vida, rasgando-a a uma esperança maior do que ela própria”.
A catequese apresentada por D. José Tolentino Mendonça centrou-se no tema para a JMJ Lisboa 2023, ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ (Lc 1, 39) – passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 1, 39) relativa à visita da Virgem Maria à sua prima, Santa Isabel, mãe de São João Batista. “Com Maria, aprendemos que, se nos levantamos e partimos, é porque, primeiro, Deus vem ao nosso encontro”, disse.
O especialista no estudo da Bíblia abordou a decisão de partir, por um caminho “mais difícil”, e as motivações de Maria, ligadas a “uma experiência de amor e de fé”. “A viagem constitui uma forma clara e comprometida de resposta”, realçou.
Este Domingo, a partir das 10h00 locais (menos uma em
Lisboa), a representação de Portugal participa na Eucaristia presidida
pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro. No
fim da celebração, a delegação dos jovens do Panamá, cidade que acolheu
a JMJ em 2019, entrega os símbolos das Jornadas – a Cruz peregrina e o
ícone de Nossa Senhora – aos jovens portugueses. A celebração pode ser
acompanha em direto, na RTP1.
Ecclesia
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