22 novembro 2020

JMJ Lisboa 2023: Entrega dos símbolos da JMJ é “momento marcante” para Lisboa - Cardeal-Patriarca

  

Os símbolos da JMJ foram entregues esta manhã, no Vaticano, à delegação portuguesa

O Cardeal-Patriarca de Lisboa disse hoje no Vaticano que os jovens católicos são desafiados a ir “ao encontro dos outros, das necessidades dos outros”, em resposta aos apelos do Papa, na passagem dos símbolos das Jornadas Mundiais. “Foi muito bonito que o Papa, na homilia, tenha pegado nas obras de misericórdia para dizer aos jovens – aos que cá estavam e aos de todo o mundo, que também seguiram – que são o melhor ideal possível, as obras de misericórdia concretizadas na vida”, referiu D. Manuel Clemente, em declarações aos jornalistas, após a Missa que decorreu na Basílica de São Pedro.

Uma delegação portuguesa recebeu esta manhã a Cruz peregrina e o Ícone mariano que são os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), marcando assim a passagem de testemunho do Panamá, que recebeu a edição internacional de 2019, para Lisboa, que acolhe o evento no verão de 2023. “Foi um momento marcante, num caminho que já anda como sonho há muito tempo e agora começa a ser cada vez mais realidade”, referiu D. Manuel Clemente.

“Se esta Jornada se realiza em Lisboa, tem muito a ver com este caudal de juventude que se vem agigantando em Portugal, concretamente ligados a jovens católicos, mas que se alargam depois a muitos outros”.

O Cardeal-Patriarca de Lisboa elogiou o trabalho desenvolvido no mundo universitário, onde jovens católicos “têm feito muitas realizações a propósito da misericórdia, da caridade, aproximando-se das pessoas, de terras, vilas e aldeias, na Missão País e outras missões, campos de férias, que eles organizam”. D. Manuel Clemente aludiu, por exemplo, à colaboração nos lares onde há falta de pessoal, por causa da pandemia. “Tudo isto é um caudal de misericórdia que é a melhor garantia de futuro. As jornadas nasceram deste caudal e agora reforçam-se nestas iniciativas, que vão no mesmo sentido”, apontou.

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que tutela a área da juventude, participou nesta cerimónia, em representação do primeiro-ministro de Portugal. O responsável disse aos jornalistas que o Papa tem representado “uma mensagem de esperança para todo o mundo”, promovendo a paz e o diálogo, da educação, em particular das mulheres, e do “papel ativo” da juventude, para a “construção de sociedades mais maduras”. Tiago Brandão Rodrigues desejou que a JMJ 2023 sejam um “lugar de encontro”, um pouco por todo o país. “As Jornadas Mundiais da Juventude são sinais, jornadas de trabalho, de encontro”, realçou. Questionado sobre os desafios lançados aos jovens e educadores pelo Papa Francisco, o ministro declarou que “é importante pensar nas coisas a médio, longo prazo, ir acumulando blocos, na construção desta casa comum”.

"As jornadas estão já aí, à porta”
A Cruz Peregrina foi entregue a três jovens portugueses, entre eles Fernando Vieira (Diocese de Braga), para quem que foi “uma honra” participar neste momento, que considera “o arranque para uma grande Jornada”, em 2023, “com muito trabalho e muitos jovens envolvidos”.
Guilhermino Sarmento, (Diocese de Lisboa) destaca que a passagem simbólica ajuda a “ganhar a consciência de que as Jornadas estão já aí, à porta”. “Foi uma experiência incrível e que levo como memória muito agradecida para Portugal”, acrescentou.
João Amaral (Diocese das Forças Armadas e de Segurança) considerou “um grande privilégio” representar o país e a sua diocese, nesta entrega dos símbolos da JMJ. “Espero que possamos receber os jovens de todo o mundo como fomos recebidos aqui”, desejou.
As duas jovens que receberam o Ícone de Nossa Senhora, por sua vez, falam num gesto que tornou mais “real” a certeza de que a JMJ se vai realizar em Portugal.
Tatiana Severino (Diocese do Porto) sublinha que “vai começar agora a grande responsabilidade” na preparação do evento.
Daniela Calças (Diocese de Lisboa) fala numa experiência “inesquecível”, no dia do seu aniversário. “Hoje foi mais um passo desta grande caminhada que temos pela frente”, aponta.

Ecclesia

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