E eu fui
e ninguém me dizia nada
porque não havia nada
a dizer.
Olhava para mim,
bem dentro de mim,
e pretendia ver,
o meu ser,
para além de tudo o que mais fosse,
enfim.
O vento corria nas serras,
que se baixavam à sua passagem,
só eu me mantinha de pé,
como se tivesse coragem.
Nem sei que poema é este,
qual é a inspiração,
mas escrevo,
deixo-me escrever,
aonde me leva o coração,
aonde me leva o vento,
agreste,
silencioso,
brisa,
por vezes,
mais amigo,
quase bondoso,
vento breve,
vento alegre,
vento de paz,
que apenas o amor,
num breve soprar,
nos traz.
Ah,
e eu fui,
porque me deixei levar,
pelo mais suave canto,
pelo mais doce cantar,
que nos vem ao coração,
quando é todo doação,
ao Divino Espírito Santo.
MG, 11/05/21
Joaquim Mexia Alves
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