21 janeiro 2021

Francisco: que o mundo seja livre de armas nucleares

 

 Oração pela paz no Parque Memorial de Hiroshima (6 de agosto de 2020) 

 
A humanidade precisa de paz e cooperação e o compromisso de todos é necessário. Este é o apelo que o Papa Francisco fez na Audiência Geral aos Estados e aos cidadãos, ao faltar dois dias para a entrada em vigor do Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares.

Gabriella Ceraso/Mariangela Jaguraba – Vatican Newsa

Um mundo sem armas nucleares que permite o avanço da paz. Na Audiência Geral desta quarta-feira (20/01), o Papa Francisco eleva fortemente a sua voz pelo desarmamento global, na esteira dos seus predecessores, faltando dois dias para a entrada em vigor do Tratado adotado em 2017, que torna ilegal o uso, a ameaça, a posse e o armazenamento de armas atômicas. Francisco abordou o tema pouco antes da sua saudação aos fiéis de língua italiana:

Trata-se do primeiro instrumento internacional juridicamente vinculativo que proíbe explicitamente estas armas, cujo uso tem um impacto indiscriminado: afeta um grande número de pessoas brevemente e causa danos ao ambiente de longa duração.  

As armas nucleares têm uma força destrutiva, impacto explosivo que deixa para trás apenas “sombra e silêncio”, um “buraco negro de destruição e morte”, conforme disse Francisco no seu discurso no Memorial da Paz em Hirohima, em 24 de novembro de 2019, e enfatizando a imagem de uma foto tirada em 1945, distribuída aos jornalistas, que retrata um menino de 10 anos a carregar aos seus ombros o cadáver do seu irmãozinho, morto após a explosão da bomba atómica em Nagasaki.

Ver também:

Religiões pela Paz: Tratado sobre Proibição de Armas Nucleares que seja ratificado

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O forte incentivo de Francisco a caminhar juntos para construir um futuro mais justo, e sobretudo um futuro de paz, volta a ressoar hoje:

Encorajo fortemente todos os Estados e todos as pessoas a trabalharem com determinação para promover as condições necessárias para um mundo livre de armas nucleares, contribuindo para o avanço da paz e da cooperação multilateral, da qual a humanidade, hoje,tanto precisa.

“Um crime contra o ser humano e a sua dignidade, e contra todas as possibilidades de futuro.” Foi assim que o Papa definiu várias vezes o uso de armas nucleares, julgando imoral o seu possesso. Se “queremos realmente construir uma sociedade mais justa e segura, devemos deixar que as armas caiam de nossas mãos”, disse o Papa durante a sua visita ao Japão, ferido pelas bombas atómicas.

VN

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