Gabriella Ceraso/Mariangela Jaguraba – Vatican Newsa
Um mundo sem armas nucleares que permite o avanço da paz. Na Audiência Geral desta quarta-feira (20/01), o Papa Francisco eleva fortemente a sua voz pelo desarmamento global, na esteira dos seus predecessores, faltando dois dias para a entrada em vigor do Tratado adotado em 2017, que torna ilegal o uso, a ameaça, a posse e o armazenamento de armas atômicas. Francisco abordou o tema pouco antes da sua saudação aos fiéis de língua italiana:
Trata-se do primeiro instrumento internacional juridicamente vinculativo que proíbe explicitamente estas armas, cujo uso tem um impacto indiscriminado: afeta um grande número de pessoas brevemente e causa danos ao ambiente de longa duração.
As armas nucleares têm uma força destrutiva, impacto explosivo que deixa para trás apenas “sombra e silêncio”, um “buraco negro de destruição e morte”, conforme disse Francisco no seu discurso no Memorial da Paz em Hirohima, em 24 de novembro de 2019, e enfatizando a imagem de uma foto tirada em 1945, distribuída aos jornalistas, que retrata um menino de 10 anos a carregar aos seus ombros o cadáver do seu irmãozinho, morto após a explosão da bomba atómica em Nagasaki.
Ver também:
Religiões pela Paz: Tratado sobre Proibição de Armas Nucleares que seja ratificado
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O forte incentivo de Francisco a caminhar juntos para construir um futuro mais justo, e sobretudo um futuro de paz, volta a ressoar hoje:
Encorajo fortemente todos os Estados e todos as pessoas a trabalharem com determinação para promover as condições necessárias para um mundo livre de armas nucleares, contribuindo para o avanço da paz e da cooperação multilateral, da qual a humanidade, hoje,tanto precisa.
“Um crime contra o ser humano e a sua dignidade, e contra todas as possibilidades de futuro.” Foi assim que o Papa definiu várias vezes o uso de armas nucleares, julgando imoral o seu possesso. Se “queremos realmente construir uma sociedade mais justa e segura, devemos deixar que as armas caiam de nossas mãos”, disse o Papa durante a sua visita ao Japão, ferido pelas bombas atómicas.
VN
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