Com tudo isto que nos é dado ver e ouvir, e sem querer ser profeta, que não sou, parece-me que brevemente a Europa será terra de mártires da fé cristã
E isso não me assusta, antes pelo contrário dá-me ânimo para acreditar ainda mais na Verdade que é Cristo nossa vida.
As redes sociais enchem-se com pequenos sinais de como começa a ser difícil socialmente afirmar-se cristão, como por exemplo, as imagens logo elogiadas de um conhecido tenista que, perante a sua vitória, retirou de dentro da sua camisa o crucifixo, o beijou e mostrou ao público.
Este era, ainda há bem pouco tempo, um gesto que passaria sem qualquer referência, porque não era de nada extraordinário que alguém afirmasse publicamente a fé cristã.
Hoje em dia, no entanto, nesta Europa ainda vai sendo possível viver a fé cristã com relativa liberdade, sem grandes ataques físicos, mas o mesmo já não se pode dizer da pressão mediática e social do “politicamente correcto”, que rotula os cristãos com todos os epítetos possíveis e, sobretudo, com nítidas campanhas baseadas em falsidades de todo o tipo.
Lembro-me sempre, desde criança, de ouvir dizer que, quando a Igreja é atacada e perseguida, a sua resposta é um maior crescimento na fé daqueles que, talvez com algum medo, mas fortalecidos pelo Espírito Santo, afirmam e confirmam que em Deus tudo é possível, até a entrega da sua própria vida.
Pode parecer algo dramático este texto, (tal não acontecerá provavelmente no meu tempo), não sou um qualquer profeta da desgraça, nem um obcecado com o fim do mundo, mas os sinais estão aí, bem expressos no dia a dia desta sociedade europeia.
Mas nunca nos esqueçamos que: «em tudo isso saímos mais do que vencedores, graças Àquele que nos amou.» Rm 8, 37
Apenas receio não ter em mim forças para me acreditar como um tal mártir, mas peço insistentemente ao Espírito Santo que me dê tudo o que necessito para afirmar sempre com a vida que me deu e com todo o meu ser, que Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Não para me destacar dos outros, mas para me “perder” na multidão daqueles e daquelas que se afirmaram por Cristo, com Cristo e em Cristo e O viveram sempre nas suas vidas, d’Ele dando testemunho até ao fim.
E então poderei dizer como o poeta “o mais que faço não vale nada”, e afirmar como Santa Teresa D’Ávila: “Só Deus basta”!
Marinha Grande, 5 de Agosto de 2024
Joaquim Mexia Alves
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