"Não é fácil seguir o Senhor, compreender o seu modo de agir", concordou Francisco na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus deste domingo (25/08). O caminho dá-se, orientou o Pontífice, estando mais próximo dele, do Evangelho, recebendo a graça nos Sacramentos, rezando e imitando Jesus na humildade e na caridade: assim "experimentamos a beleza de tê-lo como Amigo, e percebemos que só Ele tem 'palavras de vida eterna'".
Andressa Collet - Vatican News
Neste domingo (25/08), de tradicional oração mariana do Angelus com o Papa na Praça de São Pedro, Francisco refletiu sobre o evangelho do dia (Jo 6,60-69) que se refere à famosa resposta de São Pedro, que diz a Jesus: «a quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68). "É uma linda resposta e expressão" que testemunha a amizade e a confiança que ligam os discípulos a Cristo, comentou o Pontífice na alocução que precedeu o Angelus.
Pedro, explicou o Papa, pronunciou esta expressão num "momento crítico" e de discurso de Jesus, que muitos não compreenderam e o abandonaram. "Os Doze, porém, não: permaneceram", ponderou Francisco, porque encontraram em Jesus "palavras de vida eterna".
"Não é fácil segui-Lo. No entanto, entre os muitos mestres daquele tempo, Pedro e os outros apóstolos só encontraram nele a resposta à sede de vida, à sede de alegria, à sede de amor que os anima; só graças a Ele experimentaram a plenitude da vida que procuram, além dos limites do pecado e até da morte. Portanto, eles não se vão embora: na verdade, todos, exceto um, apesar de muitas quedas e arrependimentos, permanecerão com Ele até ao fim (ver João 17:12)."
Como seguir o Senhor?
O Papa, então, insiste na explicação da dificuldade de compreender "o que o Mestre diz e faz". As escolhas de Jesus, continua Francisco, "muitas vezes ultrapassam a mentalidade comum":
Ao finalizar, o Papa pediu a intercessão de Maria, "que acolheu Jesus, Palavra de Deus, na sua carne", para nos ajudar a ouvir Jesus, começando por questionar como anda a nossa proximidade com Ele:
"Então interroguemo-nos: como está Jesus presente na minha vida? Quanto me deixo tocar e provocar com as suas palavras? Posso dizer que também são para mim -'palavras de vida eterna? A ti, irmão, irmã, eu pergunto: as palavras de Jesus são para ti - também para mim - palavras de vida eterna?"
VN
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