Vejo na imprensa aquelas imagens da incrível e abjecta “paródia” à Última Ceia, e a minha primeira reação é de quase violência, é a de querer fazer valer a minha fé cristã, nem que seja à força, e dizer àquela gente de forma brutal, de forma que lhe doa, que não têm o direito de ofender a fé cristã.
E, realmente, não têm esse direito, porque no tal mundo livre em que dizem vivermos, o respeito pelos outros deve ser o garante da liberdade de cada um.
Sobretudo a hipocrisia de achincalharem a única religião que eles sabem que tem na sua génese e fundamento, os ensinamentos de Jesus Cristo, ali ofendido, que nos exorta a responder com amor aos insultos e violências contra Ele e a Igreja praticados.
Foi assim, nesse amor infinito e eterno, que Cristo deu a vida por nós que vivemos a fé cristã, mas também por aqueles que a não vivem e até a insultam e repudiam.
Responder ao ódio com o amor, é a melhor resposta para aqueles que quiseram ofender a nossa fé cristã, e é, sem dúvida, a única e melhor resposta que os deve incomodar e surpreender.
Estariam à espera de que nos revoltássemos, que partíssemos para uma qualquer guerra “santa” e, no entanto, de nós apenas deverão ter a resposta de Cristo: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem.» Lc 23, 34
Claro que isso não impede que denunciemos com toda a força da nossa voz, os actos de ofensa à fé cristã que vivemos nas nossas vidas em Igreja.
Mas, perante o ódio, apenas o amor de uma oração por eles:
Pai, a Ti nada é impossível, por isso em nome de Jesus Cristo, Teu Filho, Nosso Senhor, toca com o Espírito Santo os corações daqueles que Vos ofendem, para que, recebendo o Vosso perdão, percebam que só em Cristo, podem encontrar o Caminho a Verdade e a Vida que Ele verdadeiramente é.
Mergulhados no amor e na paz de Deus, vivamos por Cristo, com Cristo e em Cristo, porque «De acordo com o que está escrito: Por causa de ti, estamos expostos à morte o dia inteiro, fomos tratados como ovelhas destinadas ao matadouro. Mas em tudo isso saímos mais do que vencedores, graças àquele que nos amou.
Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso.» Rm 8, 36-39
Marinha Grande, 28 de Julho de 2024
Joaquim Mexia Alves
NOTA: Recuso-me a colocar aqui as imagens ofensivas da Última Ceia.
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