15 agosto 2023

Papa no Angelus: como Maria, sirvo o próximo sem queixas e louvando a Deus?

 
  Francisco na oração mariana do Angelus deste dia 15 de agosto  
 
Neste 15 de agosto, de Solenidade da Assunção da Virgem Maria, Francisco refletiu sobre "o serviço e o louvor", inspirando-se em Nossa Senhora quando visitou a prima Isabel: "que nossa Mãe, Assunta ao Céu, nos ajude a subir cada dia mais alto por meio do serviço e do louvor", disse o Papa na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus. 
 

Andressa Collet - Vatican News

“Hoje, Solenidade da Assunção da Virgem Maria, contemplamos a sua ascensão em corpo e alma à glória do Céu.”

Neste 15 de agosto, como bem indicou o Papa Francisco na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, a Igreja celebra o mistério da Assunção ao Céu da Mãe de Jesus, festa litúrgica. O facto dela ter sido elevada ao céu é motivo de júbilo, alegria e esperança para nós.

O caminho compartilhado por Jesus e Maria

E o Evangelho do dia (Lc 1:39), como comentou o Pontífice, motiva-nos a refletir sobre a grandeza do "alegre cântico do Magnificat", proclamado quando Nossa Senhora se colocou como servidora para ajudar a sua prima Isabel após "subir" por uma região montanhosa. Um caminho de "serviço ao próximo e louvor a Deus" de Maria, que o evangelista Lucas também narra sobre a vida de Cristo em direção a Jerusalém, "lugar da doação de si mesmo na cruz":

“Jesus e Maria, em suma, percorrem a mesma estrada: duas vidas que sobem em direção do alto, glorificando a Deus e servindo aos irmãos; duas vidas que vencem a morte e ressuscitam; duas vidas cujos segredos são o serviço e o louvor.”

O serviço ao próximo e o louvor a Deus

O Papa Francisco, então, procurou deter-se nesses dois aspetos: do serviço e do louvor. No primeiro o Pontífice descreveu como sendo "o amor que eleva a vida", já que quando nos abaixamos para servir alguém é que acabamo-nos elevando. Uma tarefa que "não é fácil" e não o foi nem mesmo para Nossa Senhora, bem lembrou o Papa, porque mesmo grávida chegou a viajar quase 150 Km até Nazaré na casa de Isabel.

"Ajudar custa! Nós também experimentamos isso, na fadiga, na paciência e nas preocupações que o cuidado com os outros acarreta. Pensemos, por exemplo, nos quilómetros que muitas pessoas percorrem todos os dias para ir e voltar do trabalho e realizar tarefas em prol do próximo; pensemos nos sacrifícios de tempo e sono para cuidar de um recém-nascido ou de uma pessoa idosa; e no compromisso de servir aqueles que não têm como retribuir, na Igreja como no voluntariado. É fadigoso, mas é subir em direção do alto, é ganhar o céu!"

"Mas o serviço corre o risco de ser estéril sem o louvor a Deus", afirmou Francisco. Basta observar a atitude de Maria que, mesmo cansada da viagem, louvou ao Senhor com o "cântico de júbilo" proclamando o Magnificat (cf. Lc 1,46-55). Louvor também expresso do ventre de Isabel, recordou o Papa:

"O louvor aumenta a alegria. O louvor é como uma escada: eleva os corações. O louvor eleva o espírito e supera a tentação de se abater. Como é bom louvar a Deus todos os dias, e também os outros! Como é bom viver de gratidão e de bênção em vez de lamentações e queixas, levantar o olhar em direção ao alto ao contário de ficar de mau humor!"

Assim o Papa orientou-nos para discernir sobre o melhor caminho a ser tomado, a exemplo de Maria que se colocou como servidora e, amando a Deus, sabia como louvá-Lo, reconhecendo e proclamando a Sua grandeza. Conseguimos inspirar-nos diariamente na Mãe de Jesus?

“Vamo-nos interrogar: vivo o meu trabalho eas minhas ocupações diárias mum espírito de serviço? Dedico-me a alguém gratuitamente, sem procurcar benefícios imediatos? Em suma, faço do serviço o 'trampolim' da minha vida? E pensando no louvor: sei, como Maria, exultar  Deus (cf. Lc 1:47)? Eu rezo abençoando o Senhor? E, depois de louvá-lo, espalho a sua alegria entre as pessoas que encontro? Que nossa Mãe, Assunta ao Céu, nos ajude a subir cada dia mais alto por meio do serviço e do louvor.”

VN

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