O
diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, da Conferência
Episcopal Portuguesa, esteve em Luanda nos últimos dias da peregrinação
dos símbolos da JMJ e disse à Agência ECCLESIA que a juventude angola
viveu um acontecimento inédito. “O jovem angolano vibra e senti isso na
forma e no modo como estavam juntos dos símbolos. Tive oportunidade de
ouvir muitos dizer ‘nunca estive tão próximo dos símbolos’ e isso tem-se
mostrado muito na manifestação das pessoas, não é só no tirar a
fotografia, é mais do que isso, momentos que vi mais velhos e jovens a
rezar diante dos símbolos da jornada”, afirmou o padre Filipe Diniz.
Durante
40 dias, desde o dia 8 de julho e até ao dia 17 de agosto, os símbolos
da Jornada Mundial da Juventude, a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa
Senhora ‘Salus Populi Romani’ peregrinaram pelas dioceses angolanas. A
peregrinação terminou com a Missa de envio, na paróquia de Nossa Senhora
de Fátima, em Luanda, presidida por D. Belmiro Chissengueti, bispo de
Cabinda e presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, Vocações,
Pastoral Universitária e Escutismo da Conferência Episcopal de Angola e
São Tomé (CEAST).
Para o
padre Filipe Diniz, o povo angolano não fica indiferente à juventude
angolana na vivência de um “acontecimento tão importante”, que se
reflete na “transformação de pastoral juvenil” por onde passaram os
símbolos, o que é uma “grande fonte e enriquecimento para a Igreja em
Angola e a Igreja Universal”. “Continuem a ser jovens”, incentiva o
sacerdote português, da Diocese de Coimbra, assinalando que a juventude é
uma fase bonita da vida, “de descoberta, de atrevimento”, uma fase em
que se deposita “muita confiança no irmão mais velho, que quando é
testemunha o jovem segue, o jovem acredita”. “Que sejam portadores do
que acreditam para aqueles que hão de vir. Quando o jovem acredita
verdadeiramente e tem fé em Jesus Cristo que seja mensageiro, seja
testemunha dele e leve o Evangelho àquele que necessita”, acrescentou.
Para
o diretor do Departamento da Pastoral Juvenil de Portugal foi “bom
sentir este pulsar, esta vontade” dos jovens angolanos quererem ir à JMJ
Lisboa 2023 e espera “uma boa multidão” de Angola que tem história na
presença das Jornadas Mundiais da Juventude. De acordo com uma
informação publicada no portal da internet da JMJ Lisboa 2023, até ao
dia 31 de julho, mais de 600 jovens angolanos candidataram-se a
participar na jornada que vai decorrer em Portugal. A CEAST pede que as
candidaturas angolanas à participação na JMJ Lisboa 2023 sejam tratadas
no Secretariado Nacional da Juventude e na Coordenação Nacional dos
Escuteiros Católicos.
Os
símbolos da JMJ iniciam a peregrinação nas dioceses polacas no dia 21 de
agosto e, no dia 5 de setembro, em Espanha; depois, a partir de
novembro, vão peregrinar nas dioceses de Portugal.
Ecclesia
Patriarcado de Lisboa
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