27 janeiro 2025
POR AQUELES QUE NÃO GOSTAM DE MIM
13 janeiro 2025
PORQUE TE AMO
E depois vêm aqueles momentos em que quero sentir-Te, quero viver-Te, quero sentir a Tua presença e … nada acontece.
23 dezembro 2024
UM MENINO NOS FOI DADO
E o amor desse Menino, é sempre transformador para quem por Ele se deixa tocar.
«O seu nome é João» Lc 1, 63
Joaquim Mexia Alves
18 dezembro 2024
PERDOA-ME SENHOR
a mim que sou pecador
coloca em mim o teu perdão
hoje e em cada dia
em que te abro o meu coração.
Perdoa-me, Senhor
que sou pobre e nada sou
derrama a Tua misericórdia
em quem tanto peca
e tão pouco amou.
Perdoa-me, Senhor
que sou um nada a Teus pés
enche-me do Teu amor
e faz-me ver
o Tudo que Tu és.
Perdoa-me, Senhor
de todas as minhas fraquezas
das minhas dúvidas
e certezas
daquilo que julgo ser
e afinal não sou.
Perdoa-me, Senhor
hoje nesta noite
e em cada dia.
me arrependa
mas em Ti
seja alegria.
Perdoa-me, Senhor
tão simplesmente
que o Teu perdão me preencha
a mim
e a toda a gente.
Marinha Grande, 16 de Dezembro de 2024
Joaquim Mexia Alves
17 novembro 2024
Papa Francisco: por favor, não nos esqueçamos dos pobres
Na missa do VIII Dia Mundial dos Pobres, Francisco faz um apelo aos governos e às organizações internacionais, mas convida a Igreja a sentir “a mesma compaixão do Senhor” diante dos últimos, e pede aos cristãos que se tornem “sinal da presença do Senhor”, pertos do sofrimento dos necessitados para aliviar as suas feridas e mudar a sua sorte: só assim a Igreja “se torna ela mesma, casa aberta a todos”.
Alessandro Di Bussolo - Vatican News
“Por favor, não nos esqueçamos dos pobres!”. A invocação com a qual o Papa Francisco encerra a sua homilia na missa do VIII Dia Mundial dos Pobres neste domingo (17/11), na Basílica de São Pedro, é dirigida à Igreja, aos governos dos Estados e às organizações internacionais, mas também “a todos e a cada um”. E aos fiéis em Cristo, o Papa lembra-nos que “é a nossa vida impregnada de compaixão e de caridade que se torna sinal da presença do Senhor, sempre próximo do sofrimento dos pobres, para aliviar as suas feridas e mudar a sua sorte”. Porque a esperança cristã precisa de “cristãos que não se viram para o outro lado” e que sintam “a mesma compaixão do Senhor diante dos pobres”. Francisco sublinhou isto lembrando uma advertência do cardeal Martini: somente servindo os pobres “a Igreja ‘torna-se’ ela mesma, isto é, uma casa aberta a todos, um lugar da compaixão de Deus pela vida de cada homem”.
Jesus tornou-se pobre por nós
Numa Basílica lotada, com a presença dos pobres que mais tarde almoçam com ele na Sala Paulo VI, o Pontífice abre a celebração com a exortação do ato penitencial: “Com o olhar fixo em Jesus Cristo, que se fez pobre por nós e rico de amor para com todos, reconheçamos que precisamos da misericórdia do Pai”. O celebrante no altar é o arcebispo Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização.
Na escuridão deste tempo, brilha uma esperança inabalável
Na homilia, o Papa Francisco relê a passagem do Evangelho de Marcos,
na liturgia deste XXXIII Domingo do Tempo Comum, com as palavras de
Jesus aos discípulos antes da sua paixão, descrevendo “o estado de
espírito daqueles que viram a destruição de Jerusalém”, mas também a
chegada extraordinária do Filho do Homem. “Quando tudo parece
desmoronar-se, que Deus vem, que Deus se aproxima, que Deus nos reúne
para nos salvar”.
Jesus convida-nos a ter um olhar mais aguçado, a ter olhos capazes de “ler por dentro” os acontecimentos da história, para descobrir que, mesmo na angústia dos nossos corações e dos nossos tempos, há uma esperança inabalável que resplandece.
Angústia e impotência diante da injustiça do mundo
Neste Dia Mundial dos Pobres, portanto, o Papa convida-nos a determo-nos nas duas realidades, “angústia e esperança, que sempre duelam
entre si na arena do nosso coração”. Ele começa com a angústia, tão
difundida no nosso tempo, “onde a comunicação social amplifica os
problemas e as feridas, tornando o mundo mais inseguro e o futuro mais
incerto”. Se o nosso olhar, enfatiza, “detém-se apenas na crónica dos
acontecimentos, dentro de nós a angústia ganha terreno”, porque ainda
hoje, como na passagem do Evangelho, “vemos o sol escurecer e a lua apagar-se, vemos a fome e a carestia que oprimem tantos irmãos e irmãs,
vemos os horrores da guerra e a morte de inocentes”. E corremos o risco
de “afundarmos no desânimo e de não nos apercebermos da presença de Deus
no drama da história. Assim, condenamo-nos à impotência".
Vemos crescer à nossa volta a injustiça que causa a dor dos pobres, mas juntamo-nos à corrente resignada daqueles que, por comodismo ou por preguiça, pensam que “o mundo é assim mesmo” e que “não há nada que eu possa fazer”. Deste modo, até a própria fé cristã é reduzida a uma devoção inócua, que não incomoda os poderes deste mundo e não gera um compromisso concreto de caridade.
A ressurreição de Jesus acende a esperança
Francisco cita a sua Exortação Apostólica Evangelii gaudium para
nos lembrar que, “enquanto crescem as desigualdades e a economia
penaliza os mais fracos, enquanto a sociedade se consagra à idolatria do
dinheiro e do consumo”, acontece que “os pobres e os excluídos não
podem fazer outra coisa senão continuar a esperar”. Mas no quadro
apocalíptico que acaba de ser descrito no Evangelho, Jesus “acende a
esperança”, descrevendo a chegada do Filho do Homem “com grande poder e
glória”, para reunir “os seus eleitos dos quatro ventos”. Assim, ele
“alarga o nosso olhar para que aprendamos a perceber, mesmo na
precariedade e na dor do mundo, a presença do amor de Deus que se faz
próximo, que não nos abandona, que atua para a nossa salvação”. Jesus,
lembra o Pontífice, está a apontar “inicialmente para a sua morte que
terá lugar pouco depois”, mas também para “o poder da sua ressurreição”
que destruirá as cadeias da morte, “e um mundo novo nascerá das ruínas
de uma história ferida pelo mal”. Jesus dá-nos essa esperança por meio
da bela imagem da figueira: “quando os seus ramos ficam verdes e as folhas
começam a brotar, sabeis que o verão está perto”.
Do mesmo modo, também nós somos chamados a ler as situações da nossa história terrena: onde parece haver apenas injustiça, dor e pobreza, precisamente naquele momento dramático, o Senhor aproxima-se para nos libertar da escravidão e fazer brilhar a vida.
Olhas nos olhos a pessoa que ajuda?
E isto é feito, explica ele, “com a proximidade cristã, com a nossa fraternidade cristã”.
Não se trata de jogar uma moeda nas mãos de quem precisa. Àquele que dá a esmola, eu pergunto duas coisas: “Tocas as mãos das pessoas ou jogas a moeda sem as tocar? Olhas nos olhos a pessoa que ajuda ou desvias o olhar?”.
Perto do sofrimento dos pobres
Cabe a nós, seus discípulos, continua o Papa Francisco, que graças ao
Espírito Santo podemos semear esta esperança no mundo. “Somos nós" - e
aqui ele cita a sua Encíclica Fratelli tutti - "que podemos e devemos acender luzes de justiça e de solidariedade, enquanto se adensam as sombras de um mundo fechado".
Somos nós que a sua Graça faz brilhar, é a nossa vida impregnada de compaixão e de caridade que se torna sinal da presença do Senhor, sempre próximo do sofrimento dos pobres, para aliviar as suas feridas e mudar a sua sorte.
Desvio o olhar diante da dor dos outros?
Não esqueçamos, é a invocação do Papa, que a esperança cristã, “que
se realizou em Jesus e se concretiza no seu Reino, precisa de nós e do
nosso empenho, de uma fé operosa na caridade, de cristãos que não passam
para o outro lado do caminho". E aqui ele lembra a imagem de um
fotógrafo romano de um casal de adultos saindo de um restaurante, que
olhava para o outro lado para não cruzar com o olhar de “uma pobre
senhora, deitada no chão, pedindo esmolas”.
Isto acontece todos os dias. Perguntemos a nós mesmos: eu olho para o outro lado quando vejo a pobreza, as necessidades, a dor dos outros?
Francisco cita então um teólogo do século XX, Metz, quando dizia que a
fé cristã deve gerar em nós uma “mística de olhos abertos”: “não uma
espiritualidade que foge do mundo, mas, pelo contrário, uma fé que abre
os olhos aos sofrimentos do mundo e às aflições dos pobres, para exercer
a mesma compaixão de Cristo”.
“Eu sinto a mesma compaixão do Senhor diante dos pobres, diante daqueles que não têm trabalho, que não têm o que comer, que são marginalizados pela sociedade?”
Mesmo com o nosso pouco, podemos melhorar a realidade
E, continua o Papa Francisco, “não devemos olhar apenas para os
grandes problemas da pobreza mundial, mas para o pouco que todos nós
podemos fazer todos os dias".
Com o nosso estilo de vida, com o cuidado e a atenção pelo
ambiente em que vivemos, com a procura tenaz da justiça, com a partilha
dos nossos bens com os mais pobres, com o engajamento social e político
para melhorar a realidade que nos rodeia..
Por favor, não nos esqueçamos dos pobres
Assim, “o nosso pouco será como as primeiras folhas que brotam na
figueira: uma antecipação do verão que está próximo”. Concluindo, o Papa
recorda uma advertência do cardeal Carlo Maria Martini, quando disse
“que devemos ter cuidado ao pensar que existe primeiro a Igreja, já
sólida em si mesma, e depois os pobres dos quais escolhemos cuidar. Na
realidade, tornamo-nos a Igreja de Jesus na medida em que servimos os
pobres, pois somente assim «a Igreja “torna-se” ela mesma, isto é, uma
casa aberta a todos, um lugar da compaixão de Deus pela vida de cada
homem»”.
Digo-o à Igreja, digo-o aos governos dos Estados e às organizações internacionais, digo-o a todos e a cada um: por favor, não nos esqueçamos dos pobres.
Projeto de caridade pela Síria e almoço com os pobres
Antes da missa, o Papa Francisco abençoou simbolicamente 13 chaves, representando os 13 países nos quais a Famvin Homeless Alliance (FHA), da Família Vicentina, construirá novas casas para pessoas necessitadas com o Projeto “13 Casas” para o Jubileu. Entre esses países está também a Síria, cujas 13 casas serão financiadas diretamente pela Santa Sé como um gesto de caridade para o Ano Santo. Um ato de solidariedade que se tornou possível graças a uma generosa doação da UnipolSai, que desejou entusiasticamente contribuir, no período que antecedeu o Ano Santo, com esse sinal de esperança para uma terra ainda devastada pela guerra.
No final da missa e após a recitação do Angelus, o Papa almoça na Sala Paulo VI junto com 1.300 pessoas pobres. O almoço, organizado pelo Dicastério para o Serviço da Caridade, é oferecido este ano pela Cruz Vermelha Italiana e animado por sua Fanfarra Nacional. No final do almoço, cada pessoa recebe uma mochila oferecida pelos Padres Vicentinos (Congregação da Missão), contendo alimentos e produtos de higiene pessoal.
VN
10 novembro 2024
Ao alertar para a tentação da hipocrisia, o Papa exorta a fazermos o bem sem aparecer
Que a Virgem Maria nos ajude a combater a tentação da hipocrisia dentro de nós mesmos – Jesus diz-les: “Hipócritas”, é uma grande tentação a hipocrisia -, e ajude-nos a fazer o bem sem aparecer e a fazê-lo com simplicidade.
Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
Hoje o Evangelho da liturgia (cfr. Mc 12,38-44) fala-nos de Jesus que, no templo de Jerusalém, denuncia perante o povo a atitude hipócrita de alguns escribas (crf. vs. 38-40).
A estes últimos era confiado um papel importante na comunidade de Israel: liam, transcreviam e interpretavam as Escrituras. Por isso eram muito considerados e as pessoas prestavam-lhes reverência.
Para além das aparências, no entanto, o seu comportamento muitas vezes não correspondia ao que ensinavam. Alguns, de facto, fortes pelo prestígio e poder de que gozavam, olhavam os outros “de cima para baixo”, faziam pose e, escondendo-se por detrás de uma fachada de falsa respeitabilidade e de legalismo, arrogavam-se privilégios e chegavam até mesmo a cometer verdadeiros furtos em detrimento dos mais fracos, como as viúvas (cfr. v. 40). Em vez de usarem o seu papel para servir os outros, faziam dele um instrumento de prepotência e de manipulação. E acontecia que também a oração, para eles, corria o risco de não ser mais um momento de encontro com o Senhor, mas uma ocasião para ostentar respeitabilidade e falsa piedade, útil para atrair a atenção das pessoas e obter consensos (cfr. ibid.).
Comportavam-se como pessoas corruptas, alimentando um sistema social e religioso em que era normal tirar vantagem à custa dos outros, especialmente dos mais indefesos, cometendo injustiças e garantindo a impunidade.
Destas pessoas Jesus recomenda tomar distância, “ter cuidado” (ver versículo 38) de não imitá-las. Pelo contrário, com a sua palavra e o seu exemplo, como sabemos, ensina coisas muito diferentes sobre a autoridade. Ele fala dela em termos de abnegação e de serviço humilde (cf. Mc 10,42-45), de ternura materna e paterna para com as pessoas (cf. Lc 11,11-13), especialmente em relação às necessitadas (Lc 10,25-37). Convida a quem tem autoridade a olhar para os outros, a partir da sua própria posição de poder, não para humilhá-los, mas para elevá-los, dando-lhes esperança e ajuda.
Então podemos perguntar-nos: como me comporto eu nos meus âmbitos de responsabilidade? Ajo com humildade ou tiro vantagens da minha posição? Sou generoso e respeitoso com as pessoas ou trato-as de forma rude e autoritária? E com os irmãos e as irmãs mais frágeis, estou próximo deles, sei inclinar-me para ajudá-los a levantarem-se?
Que a Virgem Maria nos ajude a combater a tentação da hipocrisia dentro de nós mesmos, a fazer o bem sem aparecer e com simplicidade.
VN
01 novembro 2024
Papa Francisco: a guerra é o triunfo da mentira, da falsidade
Silvonei José – Vatican News
Após a oração mariana do Angleus deste 1º de novembro, Festa de Todos os Santos, o Papa Francisco expressou a sua solidariedade com o povo do Chade, especialmente às famílias das vítimas do grave ataque terrorista ocorrido há alguns dias, bem como às pessoas afetadas pelas enchentes.
E em relação a catástrofes ambientais, continuou o Papa, “rezemos pelo povo da Península Ibérica, especialmente pela comunidade valenciana, atingida pela tempestade “DANA”: pelos falecidos e os seus entes queridos, e por todas as famílias prejudicadas. Que o Senhor sustente aqueles que sofrem e aqueles que levam socorro. A nossa solidariedade ao povo de Valência".
Seguidamente, o Papa saudou os participantes na “Corrida dos Santos”, organizada pela Fundação Missões Dom Bosco. “Queridos amigos, - disse - também neste ano vocês lembram-nos que a vida cristã é uma corrida, mas não como corre o mundo, não! É a corrida de um coração que ama! E obrigado pelo vosso apoio à construção de um centro desportivo na Ucrânia".
O Papa então pediu para que rezemos pela martirizada Ucrânia, rezemos pela Palestina, Israel, Líbano, Mianmar, Sudão e por todos os povos que sofrem com as guerras.
“Irmãos e irmãs, a guerra é sempre uma derrota, sempre! E é ignóbil, porque é o triunfo da mentira, da falsidade: busca-se o maior interesse para si mesmo e o maior dano para o adversário, pisando vidas humanas, o meio ambiente, infraestruturas, tudo; e tudo disfarçado com mentiras. E os inocentes sofrem! Estou a pensar nas 153 mulheres e crianças massacradas nos dias passados em Gaza”.
Francisco então recordou que neste sábado temos a comemoração anual de todos os fiéis defuntos. “Aqueles que podem, nestes dias, vão rezar no túmulo dos seus entes queridos”, pediu. “Eu também irei amanhã de manhã celebrar a missa no Cemitério Laurentino, em Roma. Não devemos esquecer: a Eucaristia é a maior e mais eficaz oração pelas almas dos falecidos".
Papa: percorrer a santidade pela prática das Bem-aventuranças no dia a dia
O caminho da santidade, recordou o Papa no Angelus desta sexta-feira, 1º de novembro e Dia de Todos os Santos, começa pelo comprometimento na primeira pessoa em "praticar as Bem-aventuranças do Evangelho nos ambientes em que vivo". Tantos santos venerados nos altares como aqueles da "porta ao lado", são "pessoas 'cheias de Deus', incapazes de permanecer indiferentes às necessidades do próximo; testemunhas de caminhos luminosos,
Andressa Collet - Vatican News
Neste 1º de novembro a Igreja celebra o Dia de Todos os Santos. Na Praça São Pedro, também ponto de partida para a tradicional Corrida dos Santos na sua décima sexta edição com 4 mil atletas, o Papa refletiu no Angelus sobre o Evangelho do dia (cf. Mt 5,1-12) e as Bem-aventuranças proclamadas por Jesus, que são "a carteira de identidade do cristão e o caminho da santidade", aquele feito por amor, "que Ele mesmo percorreu primeiro ao se tornar homem, e que para nós é tanto um dom de Deus quanto a nossa resposta".
O caminho da santidade
É dom de Deus, explicou Francisco, porque, é para Ele "que pedimos que nos faça santos, que torne o nosso coração semelhante ao seu", de modo que em nós, como dizia o Beato Carlo Acutis, "tenha sempre 'menos de mim para dar lugar a Deus'". O que nos leva ao segundo ponto, continuou o Pontífice, a nossa resposta:
O Pai do céu, de facto, oferece-nos a sua santidade, mas não nos impõe. Ele semeia-a em nós, faz-nos sentir o gosto e ver a beleza, mas depois espera a nossa resposta. Deixa a nós a liberdade de seguir as suas boas inspirações, de nos deixarmos envolver pelos seus projetos, de fazer nossos os seus sentimentos (cf. Dilexit nos, 179), colocando-nos, como Ele nos ensinou, ao serviço dos outros, com uma caridade como sempre mais universal, aberta e dirigida a todos, aberta e dirigida ao mundo inteiro.
Tudo isto vemos na vida dos santos, aprofundou o Papa, ao citar o caminho da santidade feito por "São Maximiliano Kolbe, que em Auschwitz pediu para tomar o lugar de um pai de família condenado à morte; ou em Santa Teresa de Calcutá, que passou a sua existência ao serviço dos mais pobres entre os pobres; ou no bispo São Óscar Romero, assassinado no altar por ter defendido os direitos dos últimos, contra os abusos dos prepotentes". Santos "moldados pelas Bem-aventuranças" que são venerados nos altares, sem esquecer aqueles que ficam sempre "na porta ao lado", "aqueles de todos os dias, escondidos que levam adiante a sua vida cristã quotidiana", "pessoas 'cheias de Deus', incapazes de permanecer indiferentes às necessidades do próximo; testemunhas de caminhos luminosos, possíveis também para nós".
“Perguntemo-nos agora: eu peço a Deus, em oração, o dom de uma vida santa? Deixo-me guiar pelos bons impulsos que o seu Espírito desperta em mim? E comprometo-me na primeira pessoa a praticar as Bem-aventuranças do Evangelho nos ambientes em que vivo?”
28 outubro 2024
A LUZ
27 outubro 2024
Angelus: caridade é olhar o próximo como fez Jesus, esmola não é beneficência
"Quando dás uma esmola, olha nos olhos do mendigo? Toca na mão dele para sentires a sua carne?", questionou o Papa na alocução que precedeu a oração do Angelus, após a missa conclusiva do Sínodo dos Bispos. O Santo Padre refletiu sobre a cura do cego Bartimeu e os elementos essenciais do encontro com Jesus: o grito, a fé e o caminho.
Thulio Fonseca - Vatican News
Neste domingo (27/10), após a missa de encerramento do Sínodo dos Bispos na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco dirigiu-se à janela do Palácio Apostólico para o Angelus. Na alocução que precedeu a tradicional oração mariana, dirigida aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Pontífice refletiu novamente sobre o Evangelho do dia (Mc 10,46-52), que relata o encontro de Jesus com Bartimeu, um cego que, ignorado pela multidão, é acolhido por Cristo. Francisco destacou os três aspetos fundamentais desse encontro: o grito do cego, a sua fé e o novo caminho que o leva a seguir Jesus.
O olhar compassivo do Senhor
O Santo Padre iniciou destacando o grito de Bartimeu, aquele mendigo à margem da multidão, que ao clamar a Jesus afirma a sua existência: "Eu existo, olha para mim." Segundo o Papa, este grito não é somente um pedido de ajuda, mas um clamor de identidade, uma afirmação da sua dignidade e necessidade de ser visto e acolhido. "Sim, Jesus vê e ouve o cego mendigo, com os ouvidos do corpo e do coração," explicou Francisco, ao ressaltar o olhar compassivo do Senhor.
O segundo aspeto abordado foi a fé. Ao confiar em Jesus, Bartimeu encontra a cura: "Vai, a tua fé te salvou." O Papa sublinhou que o Senhor observa como Bartimeu olha para Ele e convidou todos a refletir: "Como olho eu para um mendigo? Eu ignoro-o? E olho-o como Jesus? Sou capaz de entender as suas perguntas, o seu grito de ajuda? Quando dás a esmola, olhas nos olhos do mendigo? Tocas na sua mão para sentires sua carne?"
No próximo devemos ver Jesus
Por fim, o terceiro aspeto do encontro é o caminho. Segundo o Pontífice, "cada um de nós também é como Bartimeu, cego por dentro, que segue Jesus assim que nos aproximamos d'Ele", e completou: "Quando te aproximas de um pobre e te faz sentir próximo, é Jesus que se aproxima de ti na pessoa daquele pobre. Por favor, não façamos confusão: a esmola não é beneficência. Aquele que recebe mais graça através da esmola é quem a dá, porque se faz olhar pelos olhos do Senhor."
"Rezemos juntos a Maria, a aurora da salvação, para que guarde o nosso caminho na luz de Cristo", concluiu o Papa Francisco.
VN
21 outubro 2024
O SILÊNCIO NA ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO
20 outubro 2024
Papa na Missa com canonizações: “Vence não quem domina, mas quem serve por amor"
Santa Missa e Canonização
HOMILIA DO SANTO PADRE
Praça de São Pedro
XXIX Domingo do Tempo Comum, 20 de outubro de 2024
Jesus pergunta a Tiago e a João: «Que quereis que vos faça?» (Mc 10, 36). E logo a seguir, desafia-os: «Podeis beber o cálice que Eu bebo e receber o batismo com que Eu sou batizado?» (Mc 10, 38). Jesus faz perguntas e, deste modo, ajuda-nos a discernir, porque as perguntas fazem-nos descobrir o que está dentro de nós, iluminam o que trazemos no coração. e que tantas vezes não sabemos.
Deixemo-nos interpelar pela Palavra do Senhor. Imaginemos que ele nos pergunta a cada um de nós: «O que queres que faça por ti?»; e a segunda pergunta «podes beber o meu cálice?»
Com estas perguntas, Jesus traz ao de cima o vínculo e as expectativas que os discípulos nutrem para com ele, com as luzes e sombras próprias de qualquer relação. Com efeito, Tiago e João estão ligados a Jesus, mas têm pretensões. Manifestam o desejo de estar perto dele, mas apenas para ocupar um lugar de honra, para desempenhar um papel importante, para “na sua glória, se sentarem um à sua direita e outro à sua esquerda” (cf. Mc 10, 37). Torna-se evidente que pensam em Jesus como Messias, um Messias vitorioso, glorioso e esperam que Ele partilhe a sua glória com eles. Veem em Jesus o Messias, mas pensam nele segundo a lógica do poder.
Jesus não se detém nas palavras dos discípulos, mas vai mais fundo, escuta e lê o coração de cada um deles e também de cada um de nós. E durante o diálogo, por meio de duas perguntas, procura trazer à tona o desejo que existe dentro daqueles pedidos.
Primeiro, pergunta: «Que quereis que vos faça?»; e esta interrogação revela os pensamentos dos seus corações, traz à luz as expectativas escondidas e os sonhos de glória que os discípulos cultivam secretamente. É como se Jesus perguntasse: “Quem queres que eu seja para ti?” E, assim, desmascara o que eles realmente desejam: um Messias poderoso e , um Messias vitorioso que lhes dê um lugar de honra. E tantas vezes na Igreja ocorre esse pensamento: a honra, o poder...
Depois, com a segunda pergunta, Jesus desmente esta imagem de Messias e ajuda-os, deste modo, a mudar de olhar, isto é, a converterem-se: «Podeis beber o cálice que Eu bebo e receber o batismo com que Eu sou batizado?». Revela-lhes, desta maneira, que não é o Messias que eles pensam que é; é o Deus de amor, que se abaixa para chegar aos que estão em baixo; que se faz fraco para levantar os fracos; que trabalha pela paz e não pela guerra; que veio para servir e não para ser servido. O cálice que o Senhor vai beber é a oferta da sua vida, e a sua vida que nos foi dada por amor, até à morte e morte de cruz.
E, portanto, à sua direita e à sua esquerda estarão dois ladrões, suspensos na cruz como Ele e não instalados confortavelmente em lugares de poder; dois ladrões pregados com Cristo na dor e não sentados na glória. O rei crucificado, o justo condenado torna-se escravo de todos: este é verdadeiramente o Filho de Deus! (cf. Mc 15, 39). Vence não quem domina, mas quem serve por amor. Repitamos: vence não quem domina, mas quem serve por amor. É o que nos recorda também a Carta aos Hebreus: «não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, pois Ele foi provado em tudo como nós» (Heb 4, 15).
Neste momento, Jesus pode ajudar os discípulos a converterem-se, a mudarem de mentalidade: «Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder» (Mc 10, 42). Mas não deve ser assim para aqueles que seguem um Deus que se fez servo a fim de chegar a todos com o seu amor. Quem segue Cristo, se quiser ser grande deve servir, aprendendo d’Ele.
Irmãos e irmãs, Jesus revela os pensamentos, Jesus revela os pensamentos, revela os desejos e as projeções no nosso coração, desmascarando por vezes as nossas expectativas de glória, domínio, de poder, de vaidade. Ele ajuda-nos a pensar já não segundo os critérios do mundo, mas segundo o estilo de Deus, que se faz último para que os últimos sejam erguidos e se tornem os primeiros. Faz-se último para que os últimos sejam reerguidos e se tornem os primeiros. Muitas vezes, estas perguntas de Jesus, com o seu ensinamento sobre o serviço, são tão incompreensíveis, incompreensíveis para nós como o eram para os discípulos. Porém, seguindo-O, percorrendo os Seus passos e acolhendo o dom do Seu amor que transforma a nossa maneira de pensar, também nós podemos aprender o estilo de Deus o estilo de Deus: o serviço. Não esqueçamos as três palavras que mostram o estilo de Deus para servir: proximidade, compaixão e ternura. Deus se faz próximo para servir; se faz compassivo para servir; se faz terno para servir. Proximidade, compaixão e ternura…
É a isto que devemos aspirar: não ao poder, mas ao serviço. O serviço é o estilo de vida cristão. Não se trata de uma lista de coisas a fazer, como se, uma vez realizadas, pudéssemos considerar terminado o nosso turno. Quem serve com amor não diz: “agora toca a outro”. Este é um pensamento de empregados, não de testemunhas. O serviço nasce do amor e o amor não conhece fronteiras, não faz cálculos, mas gasta-se e dá-se. O amor não se limita a produzir para ter resultados, nem é uma prestação ocasional; é sim algo que nasce do coração, um coração renovado pelo amor e no amor.
Quando aprendemos a servir, cada gesto de atenção e cuidado, cada expressão de ternura, cada obra de misericórdia torna-se um reflexo do amor de Deus. E assim todos nós - e cada um de nós - continuamos a obra de Jesus no mundo.
Nesta luz podemos recordar os discípulos do Evangelho, que hoje são canonizados. Ao longo da história conturbada da humanidade, foram servos fiéis, homens e mulheres que serviram no martírio e na alegria, como o Irmão Manuel Ruiz Lopez e seus companheiros. Trata-se de sacerdotes e consagradas fervorosos, e fervorosos de paixão, da paixão missionária, como o Padre Giuseppe Allamano, a Irmã Paradis Marie Leonie e a Irmã Elena Guerra. Estes novos santos viveram o estilo de Jesus: o serviço. A fé e o apostolado que realizaram não alimentaram neles desejos mundanos e avidez de poder; pelo contrário, eles fizeram-se servidores dos seus irmãos, criativos em fazer o bem, firmes nas dificuldades, generosos até ao fim.
Supliquemos com confiança a sua intercessão, para que também nós possamos seguir Cristo, segui-lo no serviço, e tornarmo-nos testemunhas de esperança para o mundo.
VN
15 outubro 2024
AMO-TE SENHOR!
05 outubro 2024
DÁ-ME OLHOS!
para Te ver
na humanidade.
Dá-me olhos de esperança
para Te ver
em cada criança.
Dá-me olhos de Fé
para Te ver
no caminho.
Dá-me olhos de confiança
para Te viver
na esperança.
Dá-me olhos de comunhão
para Te ver
em cada irmão.
Dá-me olhos de alegria
para Te viver
na Eucaristia.
Dá-me olhos de ternura
no tempo de secura.
Dá-me olhos para ver
a Tua presença
no meu viver.
Dá-me olhos de amor
para que sempre Te reconheça
como meu Deus e Senhor.
Garcia, 26 de Setembro de 2024
Joaquim Mexia Alves
30 setembro 2024
AS PERSIANAS DO CORAÇÃO
24 setembro 2024
MEDITANDO EM ADORAÇÃO
Empalidece o brilho do Sol perante a Tua luz.
17 setembro 2024
PERDOAR É FÁCIL?
É, normalmente, bastante difícil rezar por aqueles que nos ofendem, aqueles que não gostam de nós, aqueles que por vezes são razão de provação para nós, que nos prejudicam e, também, por aqueles de quem nós não gostamos, que também ofendemos, que também podemos prejudicar, por vezes sem nos darmos conta.
O rezarmos por todos eles, parte em primeiro lugar do nosso desejo de o fazer, da nossa vontade de proceder como Cristo nos ensina.
E isso é muito bom, porque Deus “lê” o nosso coração, o nosso desejo de «perdoar como Ele nos perdoa», e, então, mesmo que no início a nossa oração nos pareça não ser muito sincera, Ele recebe-a na Sua infinita misericórdia e vai tocando o nosso coração, de tal modo, que a oração que nos parecia difícil e pouco sincera, passa a ter “calor”, passa a ser verdadeiramente desejada e, por isso mesmo, o perdão e a paz vão tomando conta de nós.
Melhor ainda, porque não sabemos e nem precisamos de saber, como Deus vai tocando também aqueles por quem rezamos, e, se eles estiverem abertos à Sua presença, vai também mudando os seus corações dando-lhes o perdão e a paz.
Ao fim de algum tempo, se insistirmos nessa oração, vamos recordando tudo o que aconteceu e isso já não nos magoa, já não é motivo de tristeza para nós, mas sim, ensinamento para a vida, percebendo o que fazer e como fazer.
Então o ressentimento, o rancor, a falta de perdão, são afastados de nós, e o amor de Deus ocupa esse espaço em nós, levando-nos mesmo a ajudar, (caso precisem), aqueles que são razão dessas nossas orações.
Realmente a Deus nada é impossível, e ao rezarmos pedindo por eles, estamos a pedir a Deus que nos dê o que ainda não temos e até pensamos não conseguir ter, para podermos perdoar e guardar no nosso coração com paz e amor tudo o que aconteceu.
Foi Ele quem nos amou primeiro e, por isso mesmo, só no Seu amor podemos ser amor para Ele e para os outros.
Marinha Grande, 17 de Setembro de 2024
Joaquim Mexia Alves