Como é a minha oração?
Rezo para cumprir uma espécie de obrigação, ou rezo para estar na relação de amor com Deus?
Rezo,
se calhar, até quase como uma “superstição”, como que com medo do que
possa acontecer se não rezar, ou rezo porque me quero unir no meu dia a
dia a Deus?
Tantas perguntas que poderíamos fazer sobre a nossa oração.
Neste tempo de Quaresma demos mais tempo à nossa oração, sobretudo tentemos perceber como é a nossa oração.
Que diria qualquer amigo nosso se em cada encontro que tivéssemos apenas lhe pedíssemos coisas?
Ainda mal o encontrávamos, quase nem lhe perguntávamos como estava, e já estávamos a pedir tudo e mais alguma coisa.
Talvez que esse amigo um dia se cansasse de nós.
Felizmente
com Deus tal nunca se passará, porque Ele nunca se cansa de nós, mesmo
que as nossas conversas, ou seja, as nossas orações, sejam apenas só
para pedir.
Mas
realmente não fica bem melhor começar sempre uma conversa seja com quem
for, cumprimentando primeiro, perguntado pela pessoa e até, por vezes,
fazendo algum elogio à sua figura, à sua vida.
E Deus, precisa que façamos isso com Ele?
Claro
que não, mas, com certeza, humanamente falando, ficará bem mais
agradado se começarmos a nossa conversa, a nossa oração, portanto,
louvando e dando graças a Deus por Ele se fazer sempre presente para
nós.
Às vezes é tão mais simples percebermos a nossa relação com Deus, quando percebemos as nossas relações com os que nos rodeiam.
Quando
somos crianças e queremos qualquer coisa dos nossos pais, começamos
sempre a conversa dizendo do nosso amor por eles, para depois então
pedirmos o que queremos.
E com Deus, não será assim também?
Comecemos
as nossas conversas com Deus, as nossas orações, louvando-O,
bendizendo-O, agradecendo desde logo porque nos ouve e nos atende sempre
segundo a Sua vontade e no Seu tempo, que é sempre, (embora por vezes
não o percebamos), o melhor para nós e para as nossas vidas.
E
depois peçamos, com humildade e, sobretudo, reconhecendo Deus como o
Todo Poderoso, Aquele que tudo pode, entregando-nos à Sua vontade.
Aliás, tomemos como exemplo a oração do leproso e, com certeza, estaremos a rezar como convém pelos outros e por nós:
«Senhor, se quiseres, podes purificar-me.» Mt 8, 2
Marinha Grande, 6 de Março de 2024
Joaquim Mexia Alves
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