10 dezembro 2023

Papa: rumo ao Natal, valorizar o silêncio e a sobriedade, inclusive nas redes sociais

 
 
Já com a Praça de São Pedro enfeitada para o Natal, o Pontífice rezou com milhares de fiéis a oração do Angelus e comentou o trecho do evangelista Marcos, que fala de João Batista, o precursor de Jesus. 
 

Vatican News

Libertar-me do supérfluo para compreender aquilo que é realmente importante diante de Deus: para o Papa Francisco, esta é a mensagem principal que o Evangelho nos apresenta neste II Domingo do Advento.

Já com a Praça de São Pedro enfeitada para o Natal, o Pontífice rezou com milhares de fiéis a oração do Angelus e comentou o trecho do evangelista Marcos, que fala de João Batista, o precursor de Jesus. O Papa deteve-se no versículo em que o Batista é descrito como "voz daquele que grita no deserto", para refletir sobre as palavras "voz" e "deserto". 

O deserto é o local do silêncio e da essencialidade, onde não é permitido divagar sobre coisas inúteis, mas é preciso concentrar-me no que é indispensável para viver.

"Eis um chamamento sempre atual: para proceder no caminho da vida, é necessário despir-me do 'a mais', porque viver bem não quer dizer encher-me de coisas inúteis, mas libertar-me do supérfluo, para cavar em profundidade dentro de mim, para compreender aquilo que é realmente importante diante de Deus."

Para Francisco, somente se dermos espaço a Jesus através do silêncio e da oração, saberemos libertar-nos da poluição das palavras vãs e dos falatórios. Nesse sentido, o silêncio e a sobriedade – nas palavras, no uso das coisas, nos média e nas redes sociais – não são só “promessas” ou virtude, mas elementos essenciais da vida cristã.

Já a voz é o instrumento com o qual manifestamos o que pensamos e levamos no coração, e está intimamente relacionada ao silêncio, porque expressa aquilo que amadurece dentro, da escuta daquilo que o Espírito sugere.

"Se não se é capaz de calar, é difícil que se tenha algo de bom a dizer; enquanto, mais atento é o silêncio, mais forte é a palavra", disse o Papa. 

Francisco então convida os fiéis a questionarem-se: que lugar ocupa o silêncio nos meus dias? É um silêncio vazio, talvez opressor, ou um espaço de escuta, de oração, onde custodiar o coração? A minha vida é sóbria ou repleta de coisas supérfluas?

Mesmo que signifique ir contracorrente, exortei, valorizei o silêncio, a sobriedade e a escuta?

"Que a Maria, Virgem do silêncio, nos ajude a amar o deserto, para nos tornarmos vozes críveis que anunciam o seu Filho que vem."

VN

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