Bianca Fraccalvieri - Vatican News
Aonde ir e como chegar? Estas duas perguntas guiaram a reflexão do
Papa neste V Domingo de Páscoa, diante de milhares de fiéis reunidos na
Praça de São Pedro para a oração do Regina Caeli.
Destino: a casa do Pai
Francisco inspirou-se no trecho de João proposto pela Liturgia do dia, que traz o último discurso de Jesus antes da sua morte. O coração dos discípulos está abalado, mas o Senhor dirige a eles palavras de conforto, convidando-os a não terem medo: «Vou preparar um lugar para vós […], a fim de que, onde eu estiver estejais também vós».
Com efeito, Jesus não os está a abandonar, mas parte para preparar um lugar para eles e guiá-los rumo àquela meta. Assim, explicou o Pontífice, o Senhor indica hoje a todos nós o maravilhoso lugar aonde ir e, ao mesmo tempo, diz-nos como ir, mostra-nos o caminho a percorrer.
"Irmãos e irmãs, esta Palavra é fonte de consolação e esperança", comentou o Papa. Jesus não se separou de nós, mas abriu-nos o caminho, antecipando o nosso destino final: o encontro com Deus Pai, em cujo coração há lugar para cada um de nós.
Então, quando sentimos o cansaço, a desorientação e até mesmo o fracasso, lembremo-nos para aonde vai a nossa vida. Não devemos perder de vista a meta, mesmo se hoje corremos o risco de não nos lembrarmos, de esquecer as perguntas finais, aquelas importantes: aonde vamos? Rumo aonde caminhamos? Por qual motivo vale a pena viver? Sem estas perguntas, sufocamos a vida somente no presente, pensamos que devemos desfrutá-la o quanto possível e acabamos por viver o dia, sem um propósito, sem uma meta.
A bússola: Jesus
Para a segunda pergunta - como chegar - a resposta vem do próprio Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6). Jesus é o caminho a seguir para viver na verdade e ter a vida em abundância, acrescentou o Pontífice. Ele é o caminho e, portanto, a fé Nele não é um “conjunto de ideias” a acreditar, mas um caminho a percorrer, uma viagem a realizar, um caminho com Ele. É seguir Jesus, porque Ele é o caminho que conduz à felicidade que não conhece ocaso. É imitá-lo, recomendou o Papa, especialmente com gestos de proximidade e misericórdia para com os outros.
Francisco concluiu convidando os fiéis a não se deixarem devastar pelo presente: "Olhemos para o alto, para o Céu, lembremo-nos da meta, pensemos que somos chamados para a eternidade, para o encontro com Deus. E, do Céu, renovemos hoje a escolha de Jesus, a escolha de amá-lo e de caminhar atrás Dele. Que a Virgem Maria, que seguindo Jesus chegou à meta, ampare a nossa esperança".
VN
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