25 maio 2022

O Papa sobre o massacre no Texas: é hora de dizer basta ao tráfico indiscriminado de armas

 
 
  A Escola no Texas onde ocorrreu o massacre  (ANSA)  
 
O apelo de Francisco após a catequese na audiência geral desta quarta-feira (25): "O meu coração está abalado pelo massacre na escola primária do Texas. Rezo pelas crianças, pelos adultos mortos e pelas suas famílias. É hora de dizer basta para o tráfico indiscriminado de armas! Devemo-nos comprometer para que tais tragédias nunca mais possam acontecer".
 

Vatican News

"É hora de dizer basta para o tráfico indiscriminado de armas. Devemos-nos comprometer para que tais tragédias nunca mais possam acontecer": são palavras do Papa nesta manhã de quarta-feira (25), após sua catequese na Audiência Geral na Praça São Pedro.

Cardeal Cupich: lamentamos, mas devemos agir

A reação dos bispos estadunidenses foi imediata, em particular o Cardeal Blase Cupich, Arcebispo de Chicago, condenou as leis sobre a posse de armas: "Devemos chorar e aprofundarmo-nos na dor... mas depois devemos estar prontos para agir". Já passaram dez anos desde o massacre de Sandy Cook, também uma escola primária, na qual 20 das 26 vítimas eram crianças. Recordando aquela e as muitas outras tragédias que ocorreram nos Estados Unidos nos últimos anos, o prelado perguntou-se: o que esperamos para os nossos filhos? Que, como regulamento da sua escola, aprendem a comportarem-se no caso de um ataque armado? Que se sintam em perigo simplesmente a fazer o que a sociedade diz ser um bem para eles: ir à escola? Que chegam a questionarem-se se têm futuro?".

"Temos mais armas de fogo do que pessoas"

Dom Cupich, apoiado por todos os bispos dos Estados Unidos, pediu a todos que imaginassem "ser um pai ou uma mãe com um filho naquela escola", e depois: "imaginem ter que enterrá-los". Todo o país está cheio de armas. "Temos mais armas de fogo do que pessoas", afirma ainda Dom Cupich. Embora nem sempre tenha sido assim, "os tiroteios em massa tornaram-se uma realidade diária nos Estados Unidos de hoje". "O direito de posse de armas nunca será mais importante do que o vida humana", conclui Dom Cupich, acrescentando: "Os nossos filhos também têm direitos. E os nossos agentes eleitos têm o dever moral de protegê-los”.

VN

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