10 abril 2022

Guerra na Ucrânia: Francisco pede uma "trégua pascal"

“Deponham-se as armas, inicie-se uma trégua pascal", implorou o Papa
 
“Deponham-se as armas, inicie-se uma trégua pascal, mas não para recarregar as armas e retomar o combate, não! Uma trégua para se chegar à paz, através de uma verdadeira negociação, disponíveis também a qualquer sacrifício pelo bem das pessoas. Com efeito, que vitória será aquela que fincará uma bandeira sobre um acúmulo de escombros?", disse o Papa antes do Angelus na Praça de S. Pedro
 

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

Uma “trégua pascal”: foi o que pediu o Papa Francisco no final da missa do Domingo de Ramos, antes de rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça de S. Pedro.

Ao dirigirmo-nos a Nossa Senhora, disse o Pontífice, recordamos o que o Anjo do Senhor disse a Maria na Anunciação: “Nada é impossível a Deus”.

“Nada é impossível a Deus, repetiu o Papa, inclusive fazer cessar uma guerra da qual não se vê o fim, uma guerra que todos os dias nos coloca diante dos olhos massacres hediondos e atrozes crueldades realizados contra civis inermes. Rezemos por esta intenção.”

Estamos nos dias que precedem a Páscoa, disse ainda o Pontífice, ou seja, nos preparamos para celebrar a vitória de Jesus sobre o pecado e a morte e não contra alguém.

“Mas hoje há a guerra, porque se quer vencer assim, de maneira mundana, mas assim somente se perde. Por que não deixar que Ele vença? Cristo carregou a cruz para nos libertar do domínio do mal, morreu para que reine a vida, o amor e a paz.”

E fez seu enésimo apelo:

“Deponham-se as armas, se inicie uma trégua pascal, mas não para recarregar as armas e retomar o combate, não! Uma trégua para se chegar à paz através de uma verdadeira negociação, disponíveis também a qualquer sacrifício pelo bem das pessoas. Com efeito, que vitória será aquela que fincará uma bandeira sobre um acúmulo de escombros? Nada é impossível a Deus. A Ele confiamos por intercessão da Virgem Maria.”

A oração do Papa pelos peruanos

Antes da oração mariana, o Pontífice saudou os peregrinos oriundos de vários países e quem acompanhou a cerimónia através dos meios de comunicação. Em especial, saudou “o querido povo do Peru”, que está a atravessar um difícil momento de tensão social. Francisco garantiu a sua oração, fazendo votos de que todas as partes encontrem o mais rápido possível uma solução pacífica pelo bem do país.

VN

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