Silvonei José – Vatican News
O Papa Francisco reiterou no final da Audiência geral desta quarta-feira a necessidade de um compromisso concreto e geral para enfrentar o fenómeno migratório, especialmente na área do Mar Mediterrâneo, que mais uma vez testemunhou uma nova tragédia no silêncio geral. Numa semana, mais de 160 refugiados perderam a vida na faixa do mar entre a Líbia e a ilha italiana de Lampedusa. O Pontífice faz um novo e sentido apelo a toda a comunidade internacional.
É necessário uma responsabilidade partilhada
“Durante a minha viagem a Chipre e Grécia", disse o Papa, "pude tocar com a mão, mais uma vez, a humanidade ferida dos refugiados e migrantes. Também constatei como apenas alguns países europeus estão a suportar a maioria das consequências do fenómeno migratório na área mediterrânica, quando na realidade exige uma responsabilidade partilhada, da qual nenhum país se pode isentar".
O Papa recordou então como, "graças à generosa abertura das autoridades italianas", pôde trazer a Roma um grupo de pessoas que conheceu durante a sua última viagem.
"Hoje, alguns deles estão aqui entre nós. Sejam bem-vindos!
Trataremos deles, como Igreja, nos próximos meses. É um pequeno sinal,"
salientou, "que espero que sirva de estímulo para outros países
europeus, para que permitam às realidades eclesiais locais
encarregarem-se de outros irmãos e irmãs que precisam urgentemente de serem
recolocados”.
Abrir uma porta aos migrantes
Outra necessidade salientada pelo Papa Francisco é, após o acolhimento, a da integração dos migrantes.
“Há muitas Igrejas locais, congregações religiosas e organizações católicas", disse o Santo Padre, "que estão prontas para acolhê-los e a acompanhá-los na direção de uma integração frutuosa. Serve somente abrir uma porta, a porta do coração!”
RN
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