26 novembro 2023

Angelus, Papa: amar Jesus significa servi-lo nos pequeninos e nos pobres

 
Papa Francisco no Angelus da Capela da Casa de Santa Marta. Ao seu lado monsenhor Paolo Braida 
 
 Papa Francisco convida a não te voltares para o outro lado diante dos pobres, dos doentes, dos presos, dos mais fracos. A reflexão que precedeu o Angelus deste domingo foi lida por monsenhor Braida, na Capela da Casa Santa Marta. 
 

Silvonei José – Vatican News

"Hoje não posso assomar à janela porque tenho este problema de inflamação nos pulmões". Foi o que disse o Papa Francisco, em conexão vídeo da Capela da Casa de Santa Marta, para a recitação do Angelus neste domingo, explicando que monsenhor Braida "lerá a reflexão, que a conhece bem porque é ele quem a faz, e sempre a faz muito bem. Muito obrigado pela sua presença". Monsenhor Paolo Braida é chefe do escritório da Secretaria de Estado.

"De acordo com os critérios do mundo, - destaca o texto lido por mons. Braida - os amigos do rei devem ser aqueles que lhe deram riqueza e poder, que o ajudaram a conquistar territórios, a vencer batalhas, a tornar-se grande entre outros governantes, talvez aparecer como uma estrela nas primeiras páginas dos jornais ou nos médias sociais, e a eles ele deveria dizer: "Obrigado, porque vocês me tornaram rico e famoso, invejado e temido". Isto de acordo com os critérios do mundo.

"No entanto, de acordo com os critérios de Jesus, os amigos são outros: são aqueles que o serviram nas pessoas mais frágeis", afirma o Papa, comentando o Evangelho da Solenidade de Cristo Rei, que "nos fala do juízo final e nos diz que será sobre a caridade".

"O Filho do Homem", explicou Francisco, "é um Rei completamente diferente, que chama os pobres de 'irmãos', que se identifica com os famintos, os sedentos, os estrangeiros, os doentes, os presos". "Ele é um Rei que é sensível ao problema da fome, à necessidade de uma casa, à doença e à prisão – continuou - todas realidades que, infelizmente, são sempre muito atuais".


 Angelus - 26 de novembro de 2023 

"Pessoas famintas, sem-teto, muitas vezes vestidas como podem, enchem as nossas ruas: nós encontramo-las todos os dias. E também em relação à enfermidade e à prisão, todos nós sabemos o que significa estar doente, cometer erros e arcar com as consequências".

O Papa enfatizou  no texto lido que "o Evangelho de hoje diz-nos que somos 'benditos' se respondemos a estas pobrezas com amor, com serviço: não olhando para o outro lado, mas dando de comer e beber, vestindo, hospedando, visitando, numa palavra, estando perto dos necessitados".

E isto porque "Jesus, nosso Rei que se define Filho do Homem, tem as suas irmãs e irmãos prediletos nas mulheres e homens mais frágeis". "E o estilo com o qual os seus amigos são chamados a distinguirem-se, aqueles que têm Jesus como Senhor, é o seu próprio estilo", acrescentou: compaixão, misericórdia, ternura".

"Então, irmãos e irmãs, perguntemos a nós mesmos", insistiu o Pontífice - acreditamos que a verdadeira realeza consiste na misericórdia? Acreditamos no poder do amor? Acreditamos que a caridade é a manifestação mais real do homem e é uma exigência indispensável para o cristão? E, enfim, uma pergunta particular: sou um amigo do Rei, ou seja, sinto-me envolvido  na primeira pessoa nas necessidades dos sofredores que encontro no meu caminho? O convite final do Papa foi, portanto, "amar Jesus nosso Rei nos seus irmãos mais pequeninos”.

VN

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