23 julho 2023

Papa em apoio a migrantes: que o Mediterrâneo nunca mais seja "teatro de morte"

 
O Papa Francisco no Angelus deste domingo (23)  (Vatican Media)
 
Após o Angelus, Francisco fez um apelo aos governos europeus e africanos para que ajudem os milhares de migrantes presos e abandonados há semanas, "em meio a sofrimentos indescritíveis" nas áreas desérticas do norte da África. E pede às nações que limitem as emissões de poluentes por causa de eventos climáticos extremos, como as eheias na Coreia do Sul. Finalmente, convida os fiéis a rezarem pelos avós e netos no Dia Mundial dos Idosos e em vista da JMJ.
 

Alessandro Di Bussolo - Vatican News

O Papa Francisco faz um contundente apelo em apoio aos migrantes, após o Angelus deste domingo (23) diante de 20 mil fiéis na Praça de São Pedro e milhões deles conectados pela mídia.

“E agora eu gostaria de chamar a atenção para o drama que continua para os migrantes na parte norte da África. Milhares deles, no meio de sofrimentos indescritíveis, estão presos e abandonados em áreas desérticas há semanas. Dirijo o meu apelo, em especial aos Chefes de Estado e de Governo da Europa e da África, para que prestem socorro e assistência urgentes a esses irmãos e irmãs. Que o Mediterrâneo nunca mais seja um teatro de morte e desumanidade. Que o Senhor ilumine as mentes e os corações de todos, despertando sentimentos de fraternidade, solidariedade e acolhimento.”

Próximo às vítimas das enchentes na Coreia do Sul

Francisco também recorda que estamos a viver, "aqui e em muitos países, eventos climáticos extremos": por um lado, muitas regiões são afetadas por "ondas de calor anormais e incêndios devastadores"; por outro, em muitos lugares há cheias e inundações, "como as que flagelaram a Coreia do Sul nos últimos dias: estou próximo de quem está a sofrer e de quem está a ajudar as vítimas e os desabrigados".

“E, por favor, renovo o meu apelo aos líderes das nações para que se faça algo mais concreto para limitar as emissões poluentes: é um desafio urgente e inadiável, que diz respeito a todos. Vamos proteger a nossa casa comum!”

O futuro é construído na aliança entre jovens e idosos

Por fim, apresentando o neto e a avó ao seu lado, da janela de onde recitou a oração do Angelus, o Pontífice recorda que neste domingo (23), "enquanto muitos jovens se preparam para partir para a Jornada Mundial da Juventude", está  ser celebrado o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos.

“Que a proximidade entre as duas Jornadas seja um convite para promover uma aliança entre as gerações, tão necessária, porque o futuro constrói-se juntos, na partilha de experiências e no cuidado mútuo entre jovens e idosos. Não nos vamos esquecer deles. E vamos aplaudir todos os avôs e avós! Bem alto!”

No final do Angelus, o Papa Francisco saudou os fiéis de Roma e os peregrinos de muitos países, em particular do Brasil, Itália, Polónia, Uruguai, os estudantes de Buenos Aires e os fiéis da diocese de Legnica, na Polónia. Por fim, saudou o grupo italiano de ciclistas "40 anos depois", de Cogorno, e os participantes da iniciativa "Pedalar pela Paz" e as crianças acolhidas por algumas comunidades da região italiana do Lazio.

VN

 

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