Na quietude da tarde
o sol vai-se escondendo,
fugindo para outras montanhas,
deitando-se noutros mares,
e eu vou desfalecendo,
em sons,
em sentidos,
exprimidos
em cantares.
O tempo vai-me deixando,
(para que preciso do tempo?),
se o tempo que ainda me falta,
é para cantar,
chorando.
Lágrimas de ternura imensa,
de carinho,
e alegria,
lágrimas que já não tenho,
porque se esgotaram
no dia.
A luz vai-se apagando,
mas nunca deixa de brilhar,
porque nenhumas trevas apagam,
o mais sublime acto do Homem,
que é amar,
amar,
amar,
sempre amar!
Monte Real, 13 de Outubro de 2021
Joaquim Mexia Alves
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