15 outubro 2021

SEM TÍTULO

 

 

Na quietude da tarde

o sol vai-se escondendo,

fugindo para outras montanhas,

deitando-se noutros mares,

e eu vou desfalecendo,

em sons,

em sentidos,

exprimidos

em cantares.

 

O tempo vai-me deixando,

(para que preciso do tempo?),

se o tempo que ainda me falta,

é para cantar,

chorando.

 

Lágrimas de ternura imensa,

de carinho,

e alegria,

lágrimas que já não tenho,

porque se esgotaram

no dia.

 

A luz vai-se apagando,

mas nunca deixa de brilhar,

porque nenhumas trevas apagam,

o mais sublime acto do Homem,

que é amar,

amar,

amar,

sempre amar!

 

Monte Real, 13 de Outubro de 2021

Joaquim Mexia Alves

 

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