Sento-me frente ao computador e penso que hoje gostava de escrever sobre o que me vai no íntimo, no coração.
E penso em todas as coisas que uns e outros vão dizendo, escrevendo sobre a Igreja, sobre o Papa Francisco, sobre os Bispos ou os Padres, sejam eles “conservadores” ou “progressistas” e concluo que, pela graça de Deus, “sei” amar a “minha” Igreja em toda a sua diversidade, desde que assente em Jesus Cristo, no Papa e no Magistério, e, portanto, não é sobre isso que quero escrever.
Ah, mas então penso na misericórdia de Deus, infinita, sem limites, para os pecadores, (afinal somos todos pecadores), mas também descanso na certeza de que a misericórdia de Deus é para todos, desde que os todos, ou cada um, a queira reconhecer e aceitar.
Penso então nas celebrações, na liturgia, nas mais “formais” e nas mais “criativas”, e também descanso, na certeza de que todas aquelas que forem celebradas em comunhão com a Igreja, com a Santa Sé, com o Papa e o Magistério, são celebrações queridas por Deus, quer eu goste mais de umas ou de outras.
Depois penso ainda nos tais “assuntos fracturantes”, que dominam as notícias, e descanso também, porque sirvo-me do Catecismo, do ensinamento do Papa e do Magistério, e ajo, e sinto-me de acordo com eles, portanto, em comunhão de Igreja.
E penso em tantas outras coisas e descanso mais uma vez, porque sou intransigente comigo mesmo, ao tentar, (sim, tentar, porque nem sempre sou capaz), seguir o que me diz a Igreja da qual quero ser sempre pedra viva, e assim sendo, sigo a Verdade e a Verdade fará de mim um discípulo, embora pecador.
E assim, o que me resta para escrever?
Apenas uma oração que me vai vindo ao coração.
Obrigado Pai
que nos enviaste o Teu Filho Jesus Cristo para se fazer homem como nós excepto no pecado, para dar a vida por nós, para nos libertar do pecado e da morte eterna.
O Teu Filho, que contigo Pai, derramou em nós o Espírito Santo, que nos conduz na revelação do Vosso Amor, que faz de nós filhos de Deus muito amados.
Obrigado por fazeres de mim Igreja, (pedra pequenina, mas que não queres dispensar), e sendo Igreja, ser Teu discípulo, ser Tua testemunha, ser um pouco de Ti para os outros como os outros são um pouco de Ti para mim.
Obrigado, meu Deus, porque me parece que escrevi o que querias de mim, pelo menos para mim.
Sou Teu, independentemente da minha teimosia, do meu pecado, do meu eu, porque cada vez que por Ti chamo me estendes a mão e me dizes: “Porque temes, homem de pouca fé.”
Obrigado, meu Senhor e meu Deus!
Marinha Grande, 19 de Dezembro de 2020
Joaquim Mexia Alves
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