08 novembro 2023

O Papa: muitas guerras e sofrimentos, que Deus traga a paz justa

 
  O Santo Padre durante a Audiência Geral desta quarta-feira  (Vatican Media)  
 
Após a catequese da Audiência Geral, Francisco renovou a exortação a rezar pelos povos que sofrem com os vários conflitos, lembrando em particular a martirizada Ucrânia e entre israelitas e palestinianos. Diante da dor sofrida pelas crianças, pelos idosos, pelos doentes e pelos jovens, fez um novo apelo: "A guerra é sempre uma derrota: não nos esqueçamos".
 

Antonella Palermo – Vatican News

O Papa Francisco pediu, mais uma vez, na Audiência Geral desta quarta-feira (08/11), para rezar pelos povos que sofrem com a guerra.

Não nos esqueçamos da martirizada Ucrânia e pensemos nos povos palestino e israelita. Que o Senhor nos conduza a uma paz justa. Há muito sofrimento.

A guerra é sempre uma derrota

NA sua saudação aos peregrinos de língua italiana presentes na Praça de São Pedro para a Audiência Geral, o Pontífice invocou insistentemente a paz:

As crianças sofrem, os doentes sofrem, os idosos sofrem e muitos jovens morrem. Não nos esqueçamos de que a guerra é sempre uma derrota.

Olhando para o conflito no Médio Oriente, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários afirma que cerca de 15 mil pessoas fugiram da Cidade de Gaza na última terça-feira (07/11), em relação às 5 mil da última segunda-feira e 2 mil no domingo. Um número que é considerado um "aumento acentuado". Enquanto isso, o Exército israelita matou, durante a noite, num ataque aéreo direcionado, Mohsen Abu Zina, chefe da produção de armas do Hamas, especialista no desenvolvimento de armas estratégicas e foguetes.  Na frente de guerra na Ucrânia, os ministros das Relações Exteriores do G7 declararam-se "unidos" na sua determinação de continuar a fornecer "forte apoio" ao país invadido pela Rússia.

Livrar a terra do mal

Na sua bênção aos fiéis de língua árabe, o Papa também invocou proteção "contra todo o mal" e pediu ao Senhor Jesus, em particular, um dom:

A coragem de agir com todos aqueles que trabalham na terra para libertá-la do mal e restaurá-la à sua bondade original.

Secularização, não reclamar, mas testemunhar com fraternidade

Após a catequese, dedicada à figura de Madeleine Delbrêl, Francisco saudou outros grupos de peregrinos entre os quais os peregrinos de língua francesa, em particular os membros da União Nacional das Associações Familiares Católicas. Em seguida, fez um convite:

Diante de nosso mundo secularizado, não nos queixemos, mas vejamos nele um chamamento para provar a nossa fé e um convite a comunicar a alegria do Evangelho a todos aqueles que têm sede de Deus. Peçamos ao Senhor a graça de testemunhar a nossa fé diariamente por meio da fraternidade e da amizade vivida com cada um.

Convidando os fiéis a tornarem-se “pedras vivas a serviço do Senhor”, o Papa recordou a celebração, na quinta-feira, 9 de novembro, da festa litúrgica da Dedicação da Basílica de São João de Latrão: um aniversário, especificou o Bispo de Roma, que deveria provocar este ardor.

Polónia, aniversário da independência: agradecer a Deus

Por fim, o Sucessor de Pedro mencionou, na sua saudação aos peregrinos polacos, o iminente aniversário da reconquista da independência da Polónia, que se celebra em 11 de novembro. “Este aniversário  encoraja-vos a ser gratos a Deus”, afirmou o Papa, que exortou: “Transmitam a vossa história às novas gerações”.

VN

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