“A capacidade de amar é um dom de Deus”, refere mensagem da CEP
A Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF), da Igreja Católica em Portugal, divulgou uma mensagem para o ‘Dia dos Namorados’ – 14 de fevereiro -, destacando a importância de refletir com “seriedade” sobre a dimensão afetivo-sexual das relações. “Desejamos que os jovens cristãos sejam afetuosos e saibam viver a sua capacidade sexual com verdade, sinceridade, respeito e sabedoria. Saibam guardar-se e não queimar etapas. Uma afetividade mal gerida na juventude pode determinar negativamente a vida inteira”, refere o documento.
O organismo da Conferência Episcopal Portuguesa sublinha que o namoro é “um relacionamento privilegiado entre um rapaz e uma rapariga” que se alimenta por um objetivo “claro”, isto é, “casar e vir a formar uma família”.
“Uma declaração de amor
exige verdade, supõe uma coerência entre o sentimento mais profundo, a
intenção e as palavras que se pronunciam; a condição da verdade não pode
deixar de ser sublinhada e, por isso, ninguém deve brincar com o
coração de outrem com base na mentira e no oportunismo”, adverte a nota.
Liturgicamente,
14 de fevereiro é o dia da festa de São Cirilo e de São Metódio, mas na
Itália a Diocese de Terni celebra o seu padroeiro, São Valentim,
primeiro bispo desta localidade, que morreu como mártir, provavelmente
no século IV. Este nome está ligado a algumas lendas, as quais Valentim
teria morrido decapitado por se ter recusado a renunciar ao Cristianismo
e por, secretamente, ter celebrado o casamento entre uma jovem cristã e
um legionário, apesar da proibição de Cláudio II (século III).
Para
a mensagem deste ano, a CELF escolheu como tema “A capacidade de amar é
um dom de Deus”. “A paixão amorosa não é posse, é delicadeza e
generosidade, é desejo de estar com a pessoa amada, sobretudo de estar
no seu coração. A paixão gera a disposição e disponibilidade para fazer
feliz a outra pessoa, contando que seja correspondida”, pode ler-se. O
texto sublinha que, num relacionamento, “É necessário tempo e não ter
pressa”, convidando os namorados a viver um amor “respeitador”.
“Quando,
ao início de um relacionamento amoroso de namorados, se coloca a
experiência de relações íntimas por necessidade de possuir, fica por
acontecer a alegria da pura paixão, que é ‘fogo’ que arde sem queimar e
expressão de liberdade interior”, aponta o organismo episcopal.
“É determinante beneficiar do tempo de namoro, e mais tarde do tempo de noivado, para preparar responsavelmente o casamento, não apenas a celebração do matrimónio na igreja, mas toda uma vida em comum”.
A CELF indica aos namorados católicos a importância de viver este tempo com a própria fé, para que possam ser pessoas “mais harmonizadas, íntegras e felizes”. “Que o dia dos namorados sirva também para agradecer a capacidade de amar”, conclui a mensagem.
Ecclesia
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