Vatican News
Antes de se despedir dos fiéis na Praça de São Pedro, o Papa Francisco
voltou a dirigir o seu pensamento para a martirizada Ucrânia e para a população que
está a sofrer..
E não esqueçamos do martirizado povo ucraniano neste momento, povo
que está a sofrer. Gostaria que permanecesse em todos vós uma
pergunta: o que estou a fazer hoje pelo povo ucraniano?
Este foi mais um dos tantos apelos do Santo Padre, por uma situação
que parece não ter fim. De facto, Sergiy Gaiday - governador de Lugansk,
região do leste da Ucrânia, palco de intensos combates com a Rússia -
afirmou que a situação atual é "difícil na cidade de Lysychansk e na
região como um todo", pois os russos estão a bombardear as tropas
ucranianas 24 horas por dia; De Lysychansk, a artilharia ucraniana está
a disparar na direção de Severodonetsk, onde o fumo sobe da fábrica de
Azot e as tropas russas disparam projéteis e foguetes.
A visita relâmpago de Zelensky ao sul
No sábado, 18, a visita surpresa do presidente ucraniano a Mykolaiv e Odessa, os dois centros estratégicos do Mar Negro, onde se encontrou com as tropas. Retornando numa mensagem de vídeo no Instagram, afirmou: "Não entregaremos o sul a ninguém".
Perspecva dramática de longo prazo
"A guerra na Ucrânia pode durar anos”, afirmou por sua vez o
secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, nums entrevista publicada
neste domingo pelo jornal alemão Bild. "Devemos estar preparados para
durar anos", disse ele, sugerindo "não enfraquecer o apoio à Ucrânia,
mesmo que os custos sejam altos, não apenas em termos de apoio militar,
mas também devido ao aumento dos preços da energia e da comida". No
entanto, de acordo com Stoltenberg, "os custos de alimentos e
combustível não são nada comparados aos pagos diariamente pelos
ucranianos na linha de frente. Além disso, se o presidente russo
Vladimir Putin alcançar os seus objetivos na Ucrânia, como quando anexou a
Crimeia em 2014, teremos que pagar um preço ainda maior”, advertiu.
Neste contexto, o secretário-geral da Nato pediu aos países da aliança
que continuem a entregar armas a Kiev. A região leste da Ucrânia está
atualmente parcialmente sob controle das forças russas.
A posição de Moscovo
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou
que "a Ucrânia como a conhecíamos, dentro daquelas fronteiras, já não
existe mais. E não existirá mais. Isto é óbvio".
VN
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