Silvonei José – Vatican News
A recordação desvanece-se, a dor corre o risco de esfriar-se. O Papa Francisco usa esta expressão para descrever a condição que a população ucraniana vem experimentando há quase quatro meses. Ele fê-lo no final da audiência geral desta quarta-feira, no decorrer das saudações aos peregrinos de língua italiana. Do Papa, mais uma vez, o convite para não esquecermos o drama da guerra:
Por favor, não esqueçamos o povo atormentado da Ucrânia em guerra.
Não nos acostumemos a viver como se a guerra fosse uma coisa distante. A
nossa recordação, o nosso afeto, a nossa oração e a nossa ajuda vão
sempre para este povo que tanto sofre e que está a levar avante um
verdadeiro martírio.
Não nos acostumarmos à guerra
Não nos acostumemos com a realidade da guerra. Um conceito, este, que o Papa reiterou várias vezes desde o início do conflito, destacando, por exemplo, a importância da ajuda humanitária que - disse ele em março passado - não deve ser interrompida. Também no domingo passado, Francisco, nas saudações que se seguiram à oração do Angelus, voltou o seu pensamento para o conflito na Ucrânia, invocando orações por essas populações e exortando os fiéis a não se esquecerem do que está a acontecer:
Sempre vivo no meu coração é o pensamento sobre o povo da Ucrânia, afligido pela guerra. O tempo que passa não arrefeça a nossa dor e a nossa preocupação com aquelas pessoas atormentadas. Por favor, não nos acostumemos a esta trágica realidade! Tenhamo-la sempre nos nossos corações. Rezemos e lutemos pela paz.
VN
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