Olho para a Cruz e percorrem-me sentimentos que tomam conta de mim.
Por um lado, uma tristeza imensa por ver o Salvador cravado naquela Cruz, vilipendiado, insultado, ridicularizado, enfim, uma imagem de derrota que sinto e sei não corresponder à realidade, porque aquela derrota é para sempre uma vitória, pela Ressurreição de Jesus Cristo.
Por outro lado, uma tranquilidade imensa, uma esperança bonançosa, uma paz tão sensível, por saber que o Salvador ali está, porque Se entregou por mim, por todos nós.
Sinto ainda uma vergonha imensa por, também eu, ser causador de toda aquela dor do meu Senhor, mas tranquilizo-me sabendo que Ele perdoa as minhas faltas, e até, que dali, daquela Cruz, pede ao Pai que me perdoe, porque “eu não sei o que faço”.
Nasce em mim um arrependimento duro, sentido, que me leva às lágrimas.
E mesmo na Cruz sinto-O junto a mim, consolando-me e dizendo-me: Não chores, meu filho, é porque te amo!
És Tu que me consolas, Senhor?
Mesmo na Cruz, sofrendo o martírio, preocupas-te comigo?
Tão grande é o teu amor, Senhor!
.
.
MG, 02/04/21
Joaquim Mexia Alves
Sem comentários:
Enviar um comentário