Tanto para Te dizer e, estranhamente, todas as palavras me parecem pobres e insuficientes para Ti.
Dizer que Te amo?
Sim, amo verdadeiramente, mas parece tão pouco quando o digo ou escrevo.
Como se consegue escrever um sentimento?
Como expressar no papel o sentir mais íntimo do coração?
Mesmo que repita infinitamente “amo-Te, Senhor”, sempre me parece pouco, sempre parece que sinto que são só palavras.
Sim,
Senhor, eu sei que os arrebatamentos nem sempre são sensatos, ou
melhor, nem sempre nos levam a estar mais e melhor contigo.
Esse
amor infinito com que nos amas, esse amor calmo e silencioso com que
nos amas, esse amor palpável, sensível com que nos amas, esse amor é
verdadeiramente o amor perfeito, o amor de Deus que é amor.
Senhor,
o meu amor, o nosso amor, por Ti, é tantas vezes volúvel, tantas vezes
inconstante, tantas vezes apenas ruidoso, porque parece ter medo de ser
silencioso.
É um amor tantas vezes afirmado e, no entanto, tantas vezes pouco vivido.
O
amor com que eu gostaria de Te amar, Senhor, é o amor incondicional, o
amor sem princípio nem fim, o amor só doação, o amor sem medida, o amor
cuja sua própria expressão é apenas e só amor.
Pois,
Senhor, o amor com que Te quero amar é afinal o Teu amor por mim, por
todos, porque Tu nos amaste primeiro e nos ensinaste a amar.
A
pobreza do meu amor, por Tua graça, encontra sempre a grandeza do Teu
amor e, por isso Tu o aceitas de braços abertos, porque me conheces e
sabes da minha imperfeição.
Amo-Te, Senhor!
Garcia, 14 de Outubro de 2024
Joaquim Mexia Alves
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