A luz da lamparina do sacrário indica que Jesus, que Deus, está verdadeiramente ali presente.
Será
que também eu deixo que brilhe em mim alguma luz, que não me indique a
mim, mas que mostre que eu estou com Deus e Ele está comigo e em mim?
Terá
que ser uma luz simples, sem artificialismos nem “efeitos especiais”,
mas apenas e tão só a Luz de Cristo, aquela Luz que indica o Caminho,
mostra a Verdade e aponta a Vida.
Não
se tem a Luz de Cristo para a “esconder debaixo da cama”, (Lc 8, 16),
mas sim para mostrar o que deve ser mostrado, testemunhado.
Um dia, Senhor, pelo Baptismo, deste-me essa Luz, que és Tu em mim.
Quantas vezes eu escondo a Tua Luz e não deixo que ela seja visto pelos outros?
Quantas vezes eu tenho vergonha de mostrar a Tua Luz, que é afinal a Luz que sempre me ilumina e guia?
Quantas vezes eu deixo que o mundo esconda a Tua Luz em mim, e assim ela não brilha para que os outros Te vejam em mim.
A
luz da lamparina é uma luz trémula, mas, no entanto, mesmo assim,
revela sempre que Tu estás ali bem presente no Sacramento da Eucaristia.
A
luz que tenho em mim e que Tu me deste, é também muitas vezes trémula e
mortiça, não porque ela fosse assim quando Tu ma deste, mas por causa
de mim, que não a alimento com o azeite do Teu amor, com a cera da Tua
Palavra.
Que a Tua Luz brilhe em mim de tal forma que eu nem sequer apareça, mas apenas Tu, Senhor, que és o tudo e o todo em mim.
Garcia, 17 de Outubro de 2024
Joaquim Mexia Alves
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