Abate-se em mim um cansaço inexplicável.
Esta
doença, sem cara, meio benigna ou meio maligna, afinal, (ou como se
queira ver o copo meio cheio ou meio vazio), provoca esta situação sem
nenhum sentido.
A
gente não percebe sequer porque está cansado, mas a verdade é que os
braços, as pernas, todo o corpo, parecem pesar toneladas, o esforço para
se mover leva quase à exaustão e nós sem percebermos porquê.
E
depois penso naqueles que têm outras doenças cheias de dores, que têm
às vezes até o “horizonte” marcado, e apenas posso dar graças a Deus por
“apenas” ter esta “coisa”, que não se vê, mas se sente.
Assim aproveito o momento menos bom e dou graças a Deus por estar comigo em cada momento.
Aproveito, e atrevo-me até a rezar como Jesus:
«Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice. No entanto, não seja como Eu quero, mas como Tu queres.» Mt 26, 39
Mas
depois penso na pobreza da minha minúscula doença perante a grandeza da
entrega da vida de Jesus Cristo, meu Senhor e meu Deus, e apenas posso
pedir perdão pela comparação que ousei fazer.
Mas novamente aproveito o momento e digo com aquela que quero que seja a minha mais sincera humildade:
Aceita,
Pai, por Jesus Cristo, guiado pelo Espírito Santo, este pouco da minha
vida que Te quero oferecer por todos os que sofrem, sobretudo aqueles
que não abrem os seus corações a Ti e assim não podem receber de ti o
amor que faz o «Teu jugo suave e o Teu fardo leve». Mt 11, 30
E então ganho asas, levanto-me, abro os braços, dou graças e clamo bem alto:
Obrigado, meu Deus, porque Te fazes presente na minha vida!!!
Marinha Grande, 13 de Julho de 2023
Joaquim Mexia Alves
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