«Agora, Senhor, tem em conta as
suas ameaças e concede aos teus servos poderem anunciar a tua palavra
com todo o desassombro, estendendo a tua mão para se operarem curas,
milagres e prodígios, em nome do teu Santo Servo Jesus.»
Tinham
acabado de orar, quando o lugar em que se encontravam reunidos
estremeceu, e todos ficaram cheios do Espírito Santo, começando a
anunciar a palavra de Deus com desassombro.
Act 4, 29-31 ( Leitura de hoje)
Naquele
tempo ou até bastante mais do que agora, os cristãos eram perseguidos e
não podiam anunciar a Palavra de Deus, porque eram presos, torturados,
mortos das mais terríveis maneiras.
Hoje
também somos perseguidos em tantos lugares do mundo e mesmo nas
civilizações ocidentais já somos muitas vezes “apontados a dedo”,
(nalguns casos, infelizmente, por causa de alguns da Igreja que caíram
gravemente no pecado), e isso tantas vezes nos impede, com medo do
mundo, de anunciarmos a Palavra e darmos testemunho do amor de Deus nas
nossas vidas.
E que fazemos nós?
Procuramos
descobrir, elaborar projectos, acções, planos para levarmos ao mundo a
Palavra de Deus, mas esquecemo-nos a maior parte das vezes do mais
importante, ou seja, que tudo isso seja feito e pensado em oração
contínua, com a permanente entrega ao Espírito Santo, com o sentido de
que a Igreja é Cristo, e que só no amor do Pai podemos amar como Jesus
nos ama.
Pois,
naquele tempo os cristãos rezavam, acreditavam no amor e no poder de
Deus, porque sabiam que esses poderosos sinais com que Deus, no Seu
infinito amor, tocava os homens, movia os corações e os levava a
acreditar nAquele que é a nossa verdadeira e única salvação.
Acreditamos nós hoje nas «curas, milagres e prodígios» de Deus, no nosso tempo?
Rezamos tão pouco!
Rezamos,
sobretudo, para pedir para nós, pelas nossas “coisas”, as nossas
necessidades, as necessidades daqueles que nos são próximos, e tão pouco
pedimos que o Senhor «conceda aos seus servos poderem anunciar a sua
palavra com todo o desassombro, estendendo a sua mão para se operarem
curas, milagres e prodígios, em nome do seu Santo Servo Jesus»!
E estes servos somos todos nós que nos dizemos Igreja, mas que damos tão pouco testemunho de o sermos.
A
Igreja é ponto de partida para o anúncio da Palavra com as nossas
próprias vidas, não é esconderijo para nos “escondermos” com medo do
mundo.
Por
isso a nossa primeira oração deve ser sempre, «concede aos teus servos
poderem anunciar a tua palavra com todo o desassombro, estendendo a tua
mão para se operarem curas, milagres e prodígios, em nome do teu Santo
Servo Jesus» para que «cheios do Espírito Santo possamos anunciar a
palavra de Deus com desassombro»!
Marinha Grande, 17 de Abril de 2023
Joaquim Mexia Alves
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