11 dezembro 2022

Papa: o Advento é um tempo para aprender de novo quem é o nosso Senhor

 
 
“O Advento é tempo de inversão de perspetivas, no qual nos deixarmos maravilhar pela grandeza da misericórdia de Deus”, são palavras do Papa Francisco no Angelus deste domingo, 11 de dezembro na Praça de São Pedro
 

Jane Nogara - Vatican News

No Angelus deste 3° Domingo do Advento (11/12), o Papa falou sobre as crises e dúvidas da nossa fé. Falando sobre o Evangelho de Mateus, recordou a “crise de João Batista” que enviou os eus discípulos para perguntarem a Jesus: "És tu aquele que há-de vir, ou devemos esperar um outro?”. Francisco ressaltou que faz bem a todos determo-nos sobre esta crise de João Batista, porque pode dizer algo importante.

O túnel da dúvida

“Ficamos surpresos que isto aconteça justamente com João” disse o Pontífice, “que batizou Jesus no Jordão e o indicou a seus discípulos como o Cordeiro de Deus (cf. Jo 1,29). Mas isto significa que mesmo o maior crente passa pelo túnel da dúvida.

“E isso não é algo mau; pelo contrário, às vezes é essencial para o crescimento espiritual: ajuda-nos a entender que Deus é sempre maior do que imaginamos”

Tempo de inversão de perspetivas

Portanto disse ainda o Papa, “nunca devemos deixar de procurá-Lo e de nos convertermos à sua verdadeira face”. Explicando que também nós poderemos encontrar-nos na sua situação, numa prisão interior, incapazes de reconhecer a novidade do Senhor, a quem talvez tenhamos em cativeiro na presunção de que já sabemos muito sobre Ele. Francisco recorda que muitas vezes “temos as nossas ideias, os nossos preconceitos, e rotulamos os outros - especialmente os que sentimos que são diferentes de nós – com rígidas etiquetas”. Exortando em seguida:

“O Advento é tempo de inversão de perspecivas, no qual nos deixarmos maravilhar pela grandeza da misericórdia de Deus”

“Um tempo em que”, concluiu o Papa, “preparando o presépio para o Menino Jesus, aprendemos de novo quem é o nosso Senhor; um tempo de sairmos de certos esquemas e preconceitos para com Deus e os irmãos; um tempo em que, em vez de pensarmos em presentes para nós, possamos doar palavras e gestos de consolo aos que estão feridos, como Jesus fez com os cegos, os surdos e os coxos”.

VN

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