Não nos habituemos à guerra, escolhamos o diálogo, única estrada para alcançar a paz." Estas foram as palavras do Santo Padre aos fiéis que participaram na celebração eucarística no grande espaço da EXPO Grounds, em Nur-Sultan, no Cazaquistão, e ao mundo inteiro abalado pelo conflito na Ucrânia e também pelos recentes confrontos entre Arménia e Azerbaijão.
Gabriella Ceraso – Vatican News
No final da missa celebrada na Praça da Expo, em Nur-Sultan, no Cazaquistão, nesta quarta-feira (14/09), o Papa Francisco saudou e agradeceu calorosamente o povo do país.
"Irmãos e irmãs", "autoridades civis e religiosas" do país e depois idosos, doentes, crianças e jovens: na Festa da Exaltação da Santa Cruz, o Papa recordou a todos, unidos, como "Povo Santo de Deus", e mais uma vez reforçou o compromisso do Cazaquistão de "promover o diálogo", um compromisso que - segundo ele - "transforma-se numa invocação da paz, da paz da qual o nosso mundo está sedento".
Não nos habituemos à guerra
O olhar do Papa amplia-se para "muitos lugares martirizados pela guerra", como a "querida Ucrânia". O Papa falou ao mundo e às consciências, impelindo a procurar realmente a paz, a não ceder ao mal ou acostumar-se com ele.
Não nos habituemos à guerra, não nos resignemos à sua inevitabilidade. Socorramos quem sofre e insistamos para que se tente verdadeiramente alcançar a paz.
Paz, o único caminho
Depois, o Papa fez as seguintes perguntas:
Que terá ainda de acontecer? Quantos mortos teremos ainda de contar antes das contraposições cederem o passo ao diálogo para bem das pessoas, dos povos e da humanidade? A única saída é a paz, e a única estrada para se chegar lá é o diálogo.
Além da Ucrânia, o Papa também manifestou preocupação pelo que está a acontecer no Cáucaso entre o Azerbaijão e a Arménia em relação à disputada região de Nagorno-Karabakh que se proclamou independente em 1991, após um conflito entre os dois países. Até ao momento, já quase cem soldados morreram entre Baku e Yerevan nos confrontos fronteiriços que começaram na última terça-feira (13/09) de manhã e até agora congelados, pelo menos em parte, num cessar-fogo acordado sob forte pressão da Comunidade Internacional.
O Papa também está informado e acompanha estas novas tensões, daí seu apelo:
Soube com preocupação que nestas horas surgiram novos focos de tensão na região do Cáucaso. Continuamos a rezar para que nesses territórios o confronto pacífico e a concórdia possam prevaleçer sobre as disputas. Que o mundo aprenda a construir a paz, limitando a corrida armamentista e convertendo as enormes despesas de guerra em apoio concreto às populações.
Então, obrigado a todos os colaboradores da paz:
Obrigado a todos que acreditam nisto, obrigado a vós e a todos os que são mensageiros da paz e da unidade!
VN
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