13 maio 2022

DEIXAR-SE TOCAR PELO ESPÍRITO SANTO

 

Não sei como se faz para tal acontecer.

Sei que é um desejo profundo que nasce dentro de nós e que nos abre à Sua presença.
É Ele, o Espírito Santo, que desperta em nós esse desejo profundo.

E então há momentos em que tudo desaparece!

Ficamos sozinhos, assim no meio dos Três, do Pai, do Filho e do Espírito Santo e tudo se transforma.
Uma alegria imensa e uma serenidade suave tomam conta de nós e tudo nos parece mais belo, mais colorido, mais vivo!
O mundo está à nossa volta, temos consciência disso, mas não nos confunde, não nos tenta, não nos incomoda, porque o momento é todo dEle.

Sentimo-nos amados, mas com um amor que não tem fim, que não tem palavras, que não tem dimensão.
Vai para além do compreensível, mas compreende-se inteiramente no momento que nos envolve.

Não vemos os outros, mas sabemos que estão à nossa volta, uns mais perto e outros mais longe, e esse amor que nos atinge faz-nos amá-los naquele momento mais do que a nós próprios, de tal modo que até nos oferecemos por eles.

É o momento em que somos um pouco divinos, não porque o sejamos, mas porque Ele nos concede a graça de sê-lo no amor que em nós derrama, para O amarmos acima de todas as coisas e nEle amarmos os outros como a nós mesmos.

Por vezes, (só percebemos depois), caem lágrimas dos nossos olhos, que são oásis num deserto que então se torna vivo.

Quanto tempo dura o momento?
Não sei!
Sei que me deixo perder nesse momento, que embora dure apenas uns instantes, vive-se como uma eternidade.

E quando vêm os tempos de secura, em que Ele está, mas não se sente, lembramo-nos sempre que a seguir “à tempestade vem a bonança”, e nasce em nós sempre e novamente o desejo profundo da presença do Espírito Santo, que nos mostra o Filho no amor do Pai.

Vem Espírito Santo!



Monte Real, 13 de Maio de 2022
Joaquim Mexia Alves


Nota: Acabado de escrever o texto, lembro-me do 13 de Maio, sorrio e interiormente penso que a nossa Mãe do Céu, em Fátima, vai continuando, ininterruptamente, a pedir o Espírito Santo para cada um de nós, como fez em Pentecostes.
 

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