13 março 2022

Apelo do Papa pela Ucrânia: Em nome de Deus, parem o massacre!

 
 Refugiados chegam à estação de comboios de Lviv, na Ucrânia 
 
Mais um apelo: Francisco não poupa palavras para condenar o massacre de civis indefesos vítimas da guerra na Ucrânia. "Diante da barbárie da matança de crianças, de inocentes e de civis indefesos não existem razões estratégicas plausíveis", afirmou
 

Vatican News

Com voz e mãos firmes, o Papa foi contundente ao pedir, mais uma vez, o fim imediato da guerra na Ucrânia  no final da oração mariana do Angelus deste domingo (13/03):

"Acabamos de rezar a Nossa Senhora. Nesta semana, a cidade que tem o nome, Mariupol, tornou-se uma cidade mártir da guerra desoladora que está a devastar a Ucrânia. Diante da barbárie da matança de crianças, de inocentes e de civis indefesos não existem razões estratégicas plausíveis: deve-se somente cessar a inaceitável agressão armada, antes que reduzam as cidades em cemitérios."

"Com dor no coração, uno a minha voz àquela das pessoas comuns, que imploram o fim da guerra. Em nome de Deus, ouça-se o grito de quem sofre e ponha-se fim aos bombardeamentos e ataques! Invista-se de forma real e decididamente na negociação, e que os corredores humanitários sejam efetivos e seguros."

“Em nome de Deus, eu peço: parem este massacre!”

Deus é só Deus da paz, não da guerra

O Papa pediu também um maior esforço para acolher os que fogem da guerra e que os fiéis intensifiquem as orações:

Gostaria ainda, mais uma vez, de exortar ao acolhimento dos muitos refugiados, nos quais Cristo está presente, e agradecer pela grande rede de solidariedade que se formou. Peço a todas as comunidades diocesanas e religiosas que aumentem os momentos de oração pela paz. Aumentar os momentos de oração pela paz. Deus é só Deus da paz, não é Deus da guerra, e quem apoia a violência profana o seu nome. Vamos agora rezar em silêncio por quem sofre e para que Deus converta os corações a uma firme vontade de paz."

O Pontífice está a acompanhar de perto tudo o que está a aconter na Ucrânia. A seu pedido, nesta semana dois cardeais, Konrad Krajewski e Michael Czerny, estiveram entre os refugiados na Polónia e na Hungria para levar a solidariedade do Papa e ajudas materiais. O esmoleiro, card. Krajewski, inclusive conseguiu ir até Lviv, cidade que os russos bombardearam nas últimas horas. Na frente diplomática o secretário de Estado, Pietro Parolin, conversou no decorrer da semana com o ministro das relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para pedir o fim imediato dos bombardeamentos e oferecendo a mediação da Santa Sé.

VN

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