A Missa na Capelinha das Aparições recordou famílias em sofrimento e os que se empenharam no combate à Covid-19.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) evocou hoje as vítimas da pandemia de Covid-19 com um Missa, na Capelinha das Aparições, celebrada pelos Bispos que participam na Assembleia Plenária. “Juntamente com as intenções, preocupações e esperanças das igrejas a que presidimos e do país em que vivemos, do mundo onde nos encontramos, quisemos fazer memória sentida e orante daqueles e daquelas que partiram deste mundo, como vítimas diretas e indiretas da pandemia que vem afligindo o mundo há quase dois anos”, disse D. José Ornelas, presidente da CEP, no início da celebração, com transmissão online.
O Bispo de Setúbal recordou em particular “as famílias que perderam os seus entes queridos, muitas das quais nem tiveram oportunidade de fazer o luto da consolação, da saudade e da esperança”. A intervenção deixou ainda uma palavra de saudação para os que assistiram os doentes, “em tantos modos”, e os que “estenderam a mão e partilharam a vida, o carinho, o pão, com quem foi atingido pela crise”. “Sobretudo, colocamos tudo isto nas mãos de Deus, na celebração da Eucaristia. Ele vem também, agora, partilhar as nossas dores, as nossas sedes, as nossas buscas, vem até ao encontro dos nossos erros e das nossas faltas”, acrescentou o presidente da CEP.
“Peçamos o dom da sua misericórdia, do seu Espírito que cura, restaura, transforma, para que possamos acolher de coração agradecido e confiante o pão que Ele vem partilhar connosco”.
Na sua homilia, D. José Ornelas destacou a busca de uma “luz” que ilumine e dê sentido a tudo o que a humanidade vive neste momento. “Recordamos diante de Deus nomes queridos de irmãos bispos, sacerdotes, consagrados e consagradas, irmãos e irmãs a que nos ligaram afetos, dramas, que acompanharam as nossas vidas e as das nossas comunidades, no nosso país e em todo o mundo”, assinalou.
O presidente da CEP quis recordar “a
dor das vítimas de todas as pandemias” e dos “abusos de todo o género”.
São tempos não fáceis, de pandemia de Covid e tantas outras pandemias,
crises e dramas que povoaram os trabalhos destes nossos dias de
Assembleia da Conferência Episcopal, particularmente o sofrimento dos
mais frágeis, seja pela doença, pela idade nascente ou do seu ocaso, dos
problemas da nossa família, da sociedade, da Igreja, do planeta em que
habitamos”. O Bispo de Setúbal assinalou que a Igreja Católica tem de
promover caminhos de “acolhimento, consolação, partilha, cura e
esperança”.
Texto: Ecclesia
Foto: Santuário de Fátima
Patriarcado de Lisboa
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