Na abertura do ano pastoral do Instituto Diocesano da Formação Cristã do Patriarcado de Lisboa (IDFC-PL), o seu presidente, cónego António Janela, destacou a “sinodalidade” como consequência da formação recebida. Ao Jornal VOZ DA VERDADE, o coordenador da Escola de Leigos, padre Tiago Neto, destaca o novo curso específico dedicado aos agentes da pastoral juvenil.
O início do ano pastoral 2021-2022 do Instituto Diocesano da Formação Cristã do Patriarcado de Lisboa (IDFC-PL) foi assinalado com uma celebração eucarística onde o presidente do instituto, cónego António Janela, apelou a colocar os frutos da formação ao serviço da Igreja. “Não andámos na Escola de Leigos a fazer um triénio – e não é coisa pouca, são seis semestres! –, no fim de um dia de trabalho e, muitas vezes, sacrificando outras coisas muito lícitas e até necessárias, não andámos nos cursos a distância ou em qualquer outra proposta que os movimentos nos oferecem, apenas para ‘engordar’ doutrinalmente. Move-nos o interesse em conhecer para poder amar, servir e testemunhar Jesus Cristo. Mas como? Freelancer? Não, em Igreja!”, apontou o sacerdote, na homilia da celebração que decorreu no final da tarde de 23 de setembro, onde também foram entregues os diplomas aos alunos que completaram o triénio formativo de ‘Bíblia e Teologia’, da Escola de Leigos.
- Informações e inscrições: http://idfc.patriarcado-lisboa.pt
“A Igreja é sinodalidade”
Na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa, o cónego Janela aludiu ao tempo sinodal que toda a Igreja é convidada a viver e, nesse sentido, assegurou o contributo específico do IDFC-PL, apresentando mais um Guia de Estudo e Reflexão preparado pelo padre Ricardo Figueiredo. “Em 2019-2020, estava programado que, no Patriarcado de Lisboa, refletíssemos sobre a opção extraída da Constituição Sinodal de Lisboa, precisamente sobre a caridade. O padre Ricardo Figueiredo, que todos os anos da aplicação do Sínodo Diocesano nos ofereceu um ‘alimento’, preparou também este guia, sobre a Igreja: ‘A Igreja é comunhão’. O mesmo é dizer: ‘A Igreja é sinodalidade’”, referiu o sacerdote. “Propomos, justamente, aquilo que tinha ficado nas estantes, por causa da pandemia. Este guião ajuda-nos em três grandes aspetos: ‘Mistério da Igreja’; ‘A Igreja entre nós’, com um capítulo dedicado ao caminho sinodal; e ‘A Igreja no Mundo’”, especificou, ressalvando que o IDFC-PL “deve ajudar a preparação das mentalidades e, depois, apoiar este dinamismo de escuta e, ao mesmo tempo, de participação e missão”.Chegar a todos os jovens
Para este ano pastoral, o IDFC-PL assumiu o tema do Patriarcado de Lisboa: ‘«Maria levantou-se e partiu apressadamente» (Lc 1,39) – O sonho missionário de chegar a todos os jovens’ e apresenta, no segundo semestre, um curso específico, dedicado a “animadores juvenis e pessoas interessadas na área da juventude”. Segundo o coordenador da Escola de Leigos, padre Tiago Neto, esta proposta “tem em conta aquilo que é o caminho feito no Sínodo sobre os jovens”. “O que se propõe é uma leitura transversal dos documentos daquele Sínodo e a forma como isso desafia a pastoral juvenil, conduzindo a preparação próxima da Jornada Mundial da Juventude. É um percurso de leitura e crítica dos diversos documentos, procurando que as pessoas extraiam para a sua prática pastoral os desafios e algumas concretizações decorrentes dessa leitura. No fundo, pretende-se que todos os animadores possam chegar a todos os jovens neste sonho missionário que nos anima na nossa diocese”, sintetiza.
Para aprofundar a fé
Na opinião do padre Tiago Neto, a transição entre o regime presencial e o online, que a pandemia veio implementar, decorreu de forma “bastante pacífica”. “Aquilo que é a possibilidade de assistir a uma aula em sua casa veio para ficar”, assegura, salvaguardando que o modelo formativo da Escola de Leigos “não pretende uma dinâmica relacional, tão aprofundada como outras dimensões da formação”. “A pessoa pode fazer isso em casa ou num local específico”, refere.
Os cursos específicos – com a duração de um semestre – e o curso ‘Bíblia e Teologia’ – com a duração de três anos – continuam a ter como destinatários quem procura “aprofundar a sua fé”. São pessoas empenhadas nas comunidades cristãs, “envolvidas na prática pastoral e que desejam uma sistematização mais profunda daquilo que são os conteúdos da fé”. Existe, por isso, uma “oferta formativa bastante diversificada”. “Temos o triénio basilar, mas, depois, vai-se procurando acompanhar as pessoas, naquilo que são as suas diversas situações, nomeadamente nas suas procuras, trabalhando temas da Igreja e do mundo. Procuramos diversificar a oferta abrindo novos centros de formação, tendo a preocupação de estar presentes, pelo menos, em todas as zonas pastorais da nossa diocese”, refere o sacerdote, que não esconde o desejo de “aumentar a oferta formativa nas comunidades”, mas reconhecendo que a “lentidão” na retoma das atividades normais “também dificulta aquilo que é o arranque do ano letivo”.
Patriarcado de Lisboa
Sem comentários:
Enviar um comentário