A dinâmica criada é “muito propícia ao relançamento da pastoral juvenil em Portugal”, sublinhou o Cardeal-Patriarca.
O
Cardeal-Patriarca de Lisboa acredita que a Jornada Mundial da
Juventude, que a capital portuguesa vai acolher no verão de 2023, trará
um “revigoramento da pastoral juvenil” no país, indo para lá do momento
do evento. “(Há) a tentação de ficar reduzido a um momento, mas creio
que com tudo o que está a acontecer vai deixar lastro. Não vai ser
apenas a tentação de fazer algo vistoso, mas algo que vai por diante no
sentido do rejuvenescimento da Igreja em Portugal e, através da Igreja,
também da sociedade portuguesa porque os jovens estão espalhados por
toda a parte”, afirmou D. Manuel Clemente à Agência Ecclesia, no final
das Jornadas Pastorais do episcopado, que terminaram hoje em Fátima.
A
preparação da JMJ Lisboa 2023 está a acontecer a nível nacional, com o
envolvimento de todas as dioceses, movimentos ou grupos, e D. Manuel
Clemente sublinha que não poderia ser de outra maneira. “Lisboa não
podia estar (sozinha) porque é uma realidade de tal ordem, quer em
termos eclesiais como sociais, que só podia ser levada por diante com a
colaboração de todas as dioceses de Portugal”, reconhece. A dinâmica
criada, desde o anúncio, em janeiro de 2019, tem manifestado um
“revigoramento” nas dioceses portuguesas, “muito propícia ao
relançamento da pastoral juvenil em Portugal”, sublinhou o
Cardeal-Patriarca.
As
Jornadas Pastorais reuniram em Fátima os bispos portugueses, em torno da
reflexão sobre a ‘Receção do Sínodo dos Bispos sobre os jovens e a
Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023’, contando a presença do padre
salesiano Rossano Sala, que foi secretário especial para a XV
Assembleia-Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre os jovens, a fé e o
discernimento vocacional.
O
presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas, no
final do encontro, realçou que este caminho até 2023 é um exemplo da
sinodalidade que se quer imprimir na vida da Igreja. “Quem está à frente
de uma Igreja não tem de fazer tudo mas tem de ser aquele que vive e
ajuda a animar os que estão na linha da frente a preparar todos os dias a
JMJ, tem de ser vivido em Igreja. Os bispos têm de se consciencializar
disto. Essa é a função desta reunião”, disse à Agência Ecclesia.
Ecclesia
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