Daniela Calças e Guilhermino Sarmento foram os jovens representantes do Patriarcado de Lisboa que receberam os símbolos da JMJ, no Vaticano.
Daniela Calças, da paróquia do Parque das Nações, já tinha como “adquirido” que, devido à pandemia, não seria possível viajar até Roma, juntamente com centenas de jovens portugueses, para a entrega dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude. No entanto, tudo se proporcionou para ser uma de dez jovens portugueses que, no Domingo passado, 22 de novembro, na Basílica de São Pedro, receberam a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’. “Quando soube que, afinal, ia estar presente, acabei por viver tudo muito intensamente”, afirma, ao Jornal VOZ DA VERDADE, esta jovem que completou 26 anos no dia em que segurou, juntamente com outra jovem portuguesa, o ícone mariano. “Foi um bombardear de emoções e ainda estou a tentar gerir o que vivi”, revela.
Para já, a surpresa da viagem a Roma e o facto de ter sido escolhida para custodiar o Ícone de Nossa Senhora, desafiou Daniela a refletir na presença de Maria na sua vida. Apesar de não se considerar “muito mariana”, reconhece que “Ela” sempre esteve presente nas coisas que “quis muito”. “A primeira vez, foi na Missão País, na Faculdade Belas Artes, em 2017, em que o tema também era sobre Maria. A seguir, enquanto chefe geral da missão, o tema foi sobre Maria. Depois, como já participei em três JMJ’s, sempre tive o sonho de poder ter, um dia, uma Jornada Mundial da Juventude no meu país. Esse senho realizou-se e o tema é também relacionado com Maria!”, conta. Perante todos estes “sinais concretos”, Daniela Calças reconhece que Maria se faz presente. “Ela está mesmo aqui ao meu lado e eu parece que não dou o valor que devia”, reconhece.
Para esta jovem do Parque das Nações e que faz parte do COV (Comité Organizador Vicarial) e do COP (Comité Organizador Paroquial), a entrega dos símbolos da JMJ é o impulso para poder começar o trabalho de preparação junto da sua realidade eclesial. “Há muita vontade de começar a trabalhar e de podermos contribuir para a JMJ. Pode ser bom para os jovens da comunidade, até para os que não estão inseridos em nenhum grupo. Estamos com esta vontade de começar a trabalhar”, revela.
“Momento de viragem”
A missão de Guilhermino Sarmento, da paróquia de Massamá, foi a de receber a Cruz da JMJ, juntamente com mais dois jovens portugueses de outras dioceses. Ao Jornal VOZ DA VERDADE, este jovem de 27 anos destaca a emoção vivida junto do Papa Francisco e garante que este acontecimento sublinha a “dimensão universal da Igreja”. “Esta experiência mostra que esta Jornada, este receber os símbolos, não acontece só para nós, portugueses, mas para todos aqueles que irão participar na JMJ, em 2023”, realça. “Receber a Cruz significa que há vida para além da Cruz, que Deus está vivo, que a Igreja está viva e que nós precisamos de anunciar o próprio Cristo”, referiu.
Guilhermino faz parte da equipa do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa e foi nessa missão que viajou até Roma – uma cidade onde, tal como Daniela, nunca tinha estado. De tudo o que viu e viveu nesta peregrinação, este jovem destaca o “ambiente familiar” que sentiu na comitiva de 35 portugueses que esteve em Roma para assinalar a passagem dos símbolos do Panamá – local onde decorreu a JMJ 2019 – para a diocese que vai acolher a próxima JMJ, em 2023, Lisboa. “Senti-me especialmente confirmado nesta nova missão que é recebermos a Jornada. O receber os símbolos foi também o tomar consciência da proximidade do acontecimento. Vamos ao trabalho!”, desafiou.
Agora, com os símbolos recebidos, Guilhermino acredita que este pode ser um “momento de viragem” no caminho de preparação da JMJ Lisboa 2023, “não só enquanto Diocese de Lisboa, mas enquanto país organizador”. “Uma das coisas que gostei de ver foi a comunhão que se viveu. A experiência de Igreja prende-se também com isto, é um trabalho conjunto e tem de ser feito em Igreja”, afirma.
Leia a reportagem completa na edição do dia 29 de novembro do Jornal VOZ DA VERDADE, disponível nas paróquias ou em sua casa.
Patriarcado de Lisboa
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