O Cardeal-Patriarca de Lisboa
agradeceu aos professores da disciplina de Educação Moral e Religiosa
Católica (EMRC) o “trabalho num campo particularmente difícil como é a
escola”, e destacou a formação “de cidadãos para uma sociedade plural e
justa”. “Num ambiente nem sempre propício, marcado por questões
fraturantes, a transmissão do dado moral na escola é fundamental para a
coesão social e formação das novas gerações”, disse D. Manuel Clemente,
este sábado, na Eucaristia do encontro promovido pelo Secretariado
Diocesano do Ensino Religioso Escolar (SDER) de Lisboa.
No
encontro, o Cardeal-Patriarca de Lisboa agradeceu aos professores de
Educação Moral e Religiosa Católica o “trabalho num campo
particularmente difícil como é a escola” e observou que nos
estabelecimentos de ensino “existe muito boa gente, dentro e fora do
cristianismo”, capaz de “perceber bem o lugar e o papel da disciplina na
formação dos mais novos”. “A presença da EMRC em contexto escolar
permite a construção de pontes em questões difíceis que requerem uma
análise global, um olhar com múltiplos ângulos. Devemos olhar o humano
na globalidade e a escola é esse lugar”, destacou o prelado a centena e
meia de professores, informa o sítio online ‘Educris’.
“Fala-se de uma Pessoa”
Referindo-se
à “mudança de cultura”, D. Manuel Clemente lembrou que a “moral cristã
é, antes de tudo, uma pessoa” e desafiou os professores a “andarem com
Jesus”, deixando que “tome conta dos procedimentos e das atitudes” para
serem suas “testemunhas”. “Quando se fala de religião no cristianismo,
fala-se de uma pessoa: Jesus. Isso é importante que esteja visível na
nossa relação com os outros, também no nosso trabalho. Na escola, com
pais, alunos, colegas e funcionários. Não se trata de um documento, mas
de uma Pessoa!”, afirmou, na homilia, pedindo também aos professores de
EMRC para levarem o sentido da “ecologia integral”, proposta pelo Papa
Francisco, para a escola.
A
reunião geral de professores da disciplina de Educação Moral e Religiosa
Católica da Diocese de Lisboa teve como tema ‘#maispróximos’ e
realizou-se, este sábado, 17 de outubro, no Colégio da Senhora da Boa
Nova, no Estoril, onde foi apresentado o lema do ano letivo e o novo
logótipo para EMRC no Patriarcado, que quer “aproximar-se das
comunidades educativas” e ajudar “ao encontro”.
“Sairemos mais fortes”
O
diretor do SDER de Lisboa lembrou um ano que se “revelou muito duro”,
lamentou “o esforço suplementar” com as matrículas e agradeceu aos
professores o “trabalho de procurar alunos e estar com eles durante a
pandemia”. “Não devemos desanimar porque estamos já habituados a ter
altos e baixos ao longo dos anos. Na história da EMRC temos mais
vitórias que derrotas e estou certo de que sairemos mais fortes destes
tempos porque o que ensinamos é muito relevante na formação das novas
gerações”, disse o padre Paulo Malicia.
O
diretor do Secretariado Diocesano do Ensino Religioso Escolar (SDER) de
Lisboa explicou que, para além do desafio de “cativar alunos”, existe
também o desafio gerado pela falta de professores para colocação nas
escolas. Atualmente, na região de Lisboa, existem 63 escolas sem a
disciplina de EMRC. “Precisamos de renovar o corpo docente e temos
várias iniciativas em desenvolvimento. Neste momento, todos os
professores profissionalizados estão colocados, existem quatro que
começaram a lecionar nas escolas este ano”, desenvolveu o sacerdote.
com Ecclesia
Patriarcado de Lisboa
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